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Dupla envolvida em esquartejamento de jovem é condenada em MT; vítima teve olhos furados

A Justiça Estadual condenou Leonardo Santos da Cunha e Ricardo Douglas Vieira a 16 e 9 anos de prisão, respectivamente, por envolvimento em um homicídio. A sessão de julgamento ocorreu na última quinta-feira (17), em Porto Alegre do Norte (997 km de Cuiabá). A vítima, identificada como Luan Neres Gomes Amorim, foi assassinada a facadas a mando de uma facção criminosa. Após o crime, o rapaz ainda foi esquartejado.

O crime ocorreu em janeiro do ano passado no município de São José do Xingu e teria sido motivado por vingança, alegando que ela estaria “gerando problemas” na região. A violência utilizada no crime ficou evidenciada pelos golpes de faca que atingiram a vítima na região do pescoço, causando múltiplas lesões e levando à morte por esgorjamento.

Também foi constatado que Luan teve os olhos furados.

Segundo a promotora Daniela Moreira Augusto, Leonardo Santos da Cunha tinha papel de liderança no crime e foi identificado como um dos principais executores. Ele também era procurado por outras tentativas de homicídio em Confresa. Em 2023 fugiu da viatura policial e cortou a tornozeleira eletrônica, mas foi recapturado após esforço conjunto da Polícia Civil e Polícia Militar.

O caso também contou com a denúncia de Antônio Tomaz da Silva Neto, que ainda não foi julgado, já que sua defesa recorreu da decisão de pronúncia, resultando no desmembramento do processo. Os três foram denunciados pelas qualificadoras de motivo torpe e emprego de meio cruel.

A Justiça entendeu que Ricardo Douglas Vieira teve participação de menor importância no crime, fato que contribuiu para a redução de sua pena. Além disso, a atenuante da menoridade relativa foi aplicada, uma vez que ele ainda não havia completado 21 anos na data do homicídio.

“Essa decisão reforça o empenho do Ministério Público em combater a violência e garantir que os responsáveis por crimes bárbaros enfrentem as consequências legais de seus atos”, ressaltou a promotora de Justiça.

João Freitas

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