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Dupla é presa em Barra do Garças por golpes em familiares de pacientes

Duas pessoas acusadas de aplicar golpe em parentes de pacientes internados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) foram presas, na quinta-feira (20), em Barra do Garças (509 km de Cuiabá). 

Os suspeitos: Fabrício Refo de Oliveira Mattos e Poliana Aparecida Silva foram presos pelo crime de estelionato. Segundo levantamentos da Polícia Civil, Fabrício era o articulador e teria conseguido aplicar cerca de 20 golpes, com prejuízo de mais de R$ 60 mil às vítimas.

Poliana teve sua conta bloqueada há alguns dias após denúncia de uma vítima do Estado da Paraíba, que havia realizado depósito no valor de R$2,900, na conta dela para a realização de exame de urgência de um familiar internado em tratamento intensivo.

Com isso, Poliana teve que comparecer na agência para fazer o desbloqueio. Ao verificar a situação registrada no sistema, o funcionário do Banco do Brasil acionou a Polícia Civil e policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) saíram em diligência.

Chegando ao banco, Poliana foi abordada e questionada sobre a origem e destino do valor que ela estava tentando sacar. A mulher disse apenas que o dinheiro pertencia a Fabrício Refo, e que ele estaria em sua residência esperando ela com quantia.

Com as informações, os policiais foram até a residência de Poliana, onde Fabrício a aguardava. Indagado sobre dinheiro, o rapaz confessou o envolvimento em golpes a familiares de pacientes internados em unidade de tratamento.

Fabrício confirmou também que o dinheiro que Poliana tentava sacar era de mais um golpe que teria obtido êxito. O rapaz confessou ainda ter aplicado o golpe cerca e 20 vezes, arrecadando no total uma quantia aproximada de R$ 60 mil. 

Em revista, com o golpista os policiais apreenderam uma porção de haxixe.

Poliana foi autuada em flagrante pelo crime de estelionato e Fabrício além de estelionato foi preso em flagrante pelo crime de tráfico de entorpecentes.

Na residência também foram encontrados diversos comprovantes de depósitos em contas-correntes diversificadas. A Polícia Judiciária Civil vai investigar os nomes constantes nos documentos.

Como agia

A dupla aplicava o “Golpe da UTI” em diversos Estados brasileiros. Fabrício fazia contato nos hospitais e com um nome genérico buscava algum paciente que estaria em tratamento na unidade, com isso, no segundo passo ele refazia o contato com o hospital, agora se identificando como familiar do paciente internado. Fabrício captava as informações necessárias para dar credibilidade a prática criminosa  e assim mantinha contato telefônico com o familiar da vítima.

A situação de vulnerabilidade do familiar era o ponto fraco que Fabrício utilizava para obter o êxito em suas ações. Ele se identificava como profissional do hospital responsável pelo paciente internado e alegava a necessidade de realização de algum procedimento médico em caráter de urgência.

Com isso, repassava aos familiares valores entre R$2 mil e R$ 3 mil para cada procedimento, alegando em casos de paciente com plano de saúde que o valor pago poderia ser ressarcido pelo plano posteriormente, mediante a comprovação do pagamento.

Além disso, Fabrício utilizava conta de terceiros para recebimento dos depósitos. A conta de Poliana era uma dessas. O rapaz buscava por pessoas de baixa instrução e baixa renda e em troca do '‘empréstimo’' das contas, dava a essas famílias mensalmente uma cesta básica. 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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