Duas pessoas foram indiciadas por calúnia e difamação contra uma magistrada de Poconé, a 104 km ao sul de Cuiabá. O inquérito policial, concluído nesta quinta-feira (11), foi encaminhado ao Judiciário e ao Ministério Público Estadual (MPE).
Os acusados divulgaram mensagens em grupos de aplicativos, alegando que a magistrada estaria cometendo atos ilícitos para beneficiar a Prefeitura de Poconé. Em março deste ano, a Delegacia de Poconé tomou conhecimento das acusações, onde os investigados afirmavam que a juíza consentia com crimes na administração municipal.
Em um dos áudios, um dos suspeitos mencionou que a juíza seria removida de Poconé e que o prefeito precisaria “preparar o dinheiro para comprar outro magistrado”. Ele ainda afirmou que “enquanto esse promotor e essa juíza estiverem aqui, não acontece nada”. O segundo investigado também afirmou que “nada acontece com o prefeito enquanto este promotor e juíza estiverem presentes”.
Um dos suspeitos foi intimado três vezes, mas não compareceu à delegacia. O outro confirmou a autoria do áudio, alegando que a mensagem foi enviada em uma conversa privada.
Ambos foram indiciados por calúnia e difamação, com aumento de pena por ofenderem a honra de uma servidora pública no exercício de suas funções. As penas podem chegar a quatro anos de detenção.