Sinceramente acho que a bola está picando na frente do Doria. Não que eu concorde com muita coisa que ele faz. Não que eu ache lindo o apelo midiático e apelativamente midiático que ele tem e se sugere. Não que eu aprove algumas atitudes imbecis como pintar tudo de cinza, a cidade cinza. Mas Doria preenche uma lacuna em que muitos brasileiros se enquadram e esperam por alguém que seja como eles: que rale. Que reinvente. Que tenta novas alternativas.
Ele é prefeito da onde, seu João? – pergunta Rose, minha secretária.
– De São Paulo.
– Mas como o senhor tá falando bem da cidade se ontem mesmo o senhor tava reclamando que faz quase 10 anos que não vai lá?
Vendo ontem o horário político do Partido Rede, me deparei com discursos antigos, um programa longe do humano. Se ele era pra ser o diferente, então estamos fodidos. Precisamos de políticos que pensem no interesse nacional, independente de partido. Pensem no quão o Brasil pode melhorar. Pensar no incomensurável número de saídas que podemos. Fazer da política e dos políticos profissionais eficazes. Que gerem benefícios. Alguém que una essa nossa sociedade tão dividida. Tão dilacerada. É nisso que Doria se encaixa.
– Então você vai votar no Doria na próxima eleição? – pergunta Rose.
– Não voto em direitista coxinha cria desse partido oligárquico chamado PSDB.