Conforme os internos, eles eram algemados, levavam choques, tinham que tomar remédios que os deixavam dopados, entre outras agressões. Os suspeitos foram autuados pelo crime de tortura.
Os internos relataram aos policiais civis que o dono e o coordenador usavam formas violentas de tratamento, como máquinas de choque, algemas, colocavam gelo e toalhas molhadas nas partes íntimas dos internos e os obrigavam a capinar sobre o formigueiro, arrancar tocos, segurar garrafas descartáveis com gelos e também a tomar remédios que os dopavam.
Ainda de acordo com os internos, um adolescente de 15 anos era o mais torturado. O dono da clínica teria praticado atos libidinosos contra ele e também teria mordido o nariz do menor de idade até sangrar, em troca de um cigarro.
As prisões ocorreram depois que policiais da Delegacia de Defesa da Mulher de Cáceres, com apoio de policiais do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), receberam a denúncia de que os responsáveis pelo estabelecimento estavam torturando os pacientes, e que era possível ouvir gritos de socorro vindos da clínica.
Os policiais apreenderam uma maleta de primeiros socorros com medicamentos, pastas com documentos da clínica e dos internos, e uma máquina de choque, que estava no quintal da propriedade, em uma plantação de abóbora.
Dois vigilantes e uma psicóloga que prestavam serviço no estabelecimento também foram ouvidos. Os suspeitos foram conduzidos a delegacia e foram autuados em flagrante por tortura pela delegada Mariell Antonini Dias.
Fonte: G1