Donald Trump durante debate dos pré-candidatos republicanos, promovido pela CNN na quarta (16) (Foto: Foto AP/Mark J. Terrill)
O candidato que lidera as preferências dos republicanos para as eleições presidenciais de 2016, Donald Trump, pediu nesta segunda-feira (7) a proibição da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos.
"Donald Trump pede a suspensão total e completa da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos até que os legisladores do nosso país compreendam o que está ocorrendo", escreveu a equipe de campanha do candidato em um comunicado intitulado "Comunicado de Donald Trump para impedir a imigração muçulmana".
"Até que sejamos capazes de determinar e entender esse problema e o perigo que ele representa, nosso país não pode ser vítima desses ataques horrendos de pessoas que acreditam apenas na jihad, e que não tem nenhum senso de razão ou respeito pela vida humana", diz o comunicado.
O coordenador da campanha de Trump, Corey Lewandowski, afirmou que a proposta se aplica a "todo mundo", considerando tanto muçulmanos que requisitam vistos de imigrantes quanto os que buscam entrar no país como turistas.
Segundo a agência AP, ele não respondeu como os oficiais de imigração poderiam determinar a religião daqueles que chegam ao país, e também não explicou qual seria o procedimento em relação ao regresso de muçulmanos com cidadania americana que viajassem para fora dos EUA.
Ao ser questionado sobre mais detalhes de sua proposta, o republicano limitou-se a enviar um recado por uma porta-voz de sua campanha: "Porque eu sou tão politicamente correto, nunca seria eu a dizer. Vocês descubram!"
De acordo com a Reuters, o diretor do Conselho de Relações Americano-Islâmicas, Ibraham Hooper, se pronunciou sobre o assunto, afirmando que "estamos agora entrando no campo do fascismo". "Deveria ser perturbador não apenas para os muçulmanos norte-americanos, mas para todos os norte-americanos que o candidato que lidera a disputa republicana divulgue um comunicado fascista como esse", afirmou.
A agência informa ainda que a Casa Branca afirma que o comunicado de Trump "é contrário aos valores dos Estados Unidos e aos interesses de segurança nacional".
Ben Carson, também candidato à vaga do Partido Republicano nas eleições presidenciais de 2016, não comentou a sugestão do rival, afirmando apenas acreditar que todas as pessoas que visitam os EUA deveriam ser registradas e monitoradas.
Fonte: G1