Tanto Costa quanto Yousseff foram presos em março pela PF, durante a Operação Lava Jato, que investigou um suposto esquema de lavagem de dinheiro. Perguntado sobre sua relação com o doleiro Alberto Youssef, Paulo Roberto disse que o conhecia desde quando estava em atividade na Petrobras, mas só depois de sua aposentadoria foi procurado por ele para a prestação de serviços como consultor em mercado futuro. Segundo a PF, ele admitiu que parte da remuneração foi paga em um carro de luxo, um Land Rover avaliado em 250 mil reais, que está apreendido pela PF.
O ex-diretor da estatal disse ainda que o pagamento não feito para evitar declaração ao fisco. Segundo ele, o veículo e outros honorários foram declarados. Alberto disse ainda não ter conhecimento de qualquer pagamento de propina por Alberto Yousseff.
Três dias após o depoimento, no dia 20 de março, Paulo Roberto foi preso. Em novo depoimento ele disse que não estava destruindo provas da operação Lava Jato. Nas buscas, a Polícia Federal se surpreendeu com a ironia de uma frase anotada na agenda pessoal do ex-diretor da Petrobras e atribuída ao escritor Millôr Fernandes: "Acabar com a corrupção é o objetivo supremo de quem ainda não chegou ao poder".
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