A prisão de dois investigados na operação Castelo de Areia, Evandro José Goulart e Marcelo de Melo Costa, foi substituída pela juíza Selma Rosane da 7ª Vara Criminal por medidas cautelares como o pagamento de fiança e o monitoramento de tornozeleira eletrônica. A decisão foi decretada na quinta-feira (29), deve liberar Evandro e Marcelo nesta sexta-feira (30).
Conforme a decisão, eles devem pagar além de R$ 22 mil em fiança cada um e usar tornozeleira eletrônica. A juiza intimou Evandro e Marcelo para que realizem a colocação da tornozeleira eletrônica na segunda-feira (3) às 13h, no Fórum de Cuiabá.
A magistrada determinou, ainda, como parte da medida cautelar, que ambos estão proibidos de se ausentarem da comarca sem prévia comunicação ao juízo, de manterem contato com réus ou testemunhas, deverá comparecer no juízo mensalmente para justificar as atividades e ainda tiveram o passaporte recolhidos pela juíza.
No dia 29 de setembro, Evandro Goulart teve o pedido de habeas corpus negado pelo desembargador Orlando de Almeida Perri, do Tribunal de Justiça. Na ocasião o magistrado alegou não ter evidências para que Goulart recebesse o HC.
Os dois investigados são acusados de participarem da organização criminosa, supostamente liderada pelo ex-vereador e presidente da Câmara de Cuiabá João Emanuel, que praticava estelionatos, por meio da Soy Group. A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) que investiga a ação estima que o esquema já tenha causado prejuízos de mais de R$50 milhões.
Nesta semana o GCCO realizou buscas e apreensão na casa do juiz aposentado Irênio Lima Fernandes e do advogado, Lázaro Roberto Moreira Lima, pai e irmão, respectivamente, do ex-vereador. Todos investigados na mesma operação.
Também são investigados o presidente do grupo Soy Walter Magalhães Junior, Shirlei Matsucka (esposa de Wlter) e Mauro Chen Guo Quin.
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