Política

Dnit rebate Taques e lembra que Governo do Estado também tem obras inacabadas

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), comandado pelo superintendente Orlando Fanaia Machado, rebateu as críticas do governador Pedro Taques (PSDB) e lembrou que o Governo do Estado de Mato Grosso também têm obras inacabadas, até mesmo com verbas federais, como a do Contorno Norte Cuiabá, conhecido como Rodoanel.

Nesta terça-feira (7), ao comentar a situação de calamidade em um trecho na BR-163 – principal rota de escoamento da produção de grãos do Estado -, Taques afirmou que a supersafra de soja de Mato Grosso poderia “ir para o ralo” por culpa da “incompetência” do Dnit, que não estaria fazendo o seu papel, deixando 100 Km da estrada sem asfalto – trecho que teve alguns pontos de atoleiro, por conta das fortes chuvas das últimas semanas.

"Toda administração pública, de um modo geral, seja federal, estadual ou municipal, é suscetível à ocorrência de problemas administrativos com contratos, especialmente quando é necessário rescindi-los e licitar o remanescente de obras", dise o Dnit.

"Dois exemplos dessas dificuldades são os problemas que o próprio Governo do Estado está enfrentando em obras conveniadas com o DNIT, com recursos transferidos há mais de dois anos por esta Autarquia, e que não saíram do papel: o Contorno Norte de Cuiabá e a pavimentação da BR-174/MT", completou.

A autarquia ainda disse que 60 Km do trecho sem asfalto da BR-163 serão pavimentados ainda neste ano.

"As empresas que vão pavimentar este segmento da rodovia já estão contratadas e iniciarão os trabalhos após o término do período chuvoso. As empresas contratadas para fazer a manutenção continuarão atuando até que o trecho seja asfaltado", afirmou a autarquia.

Por fim, o Dnit declarou que os 40 Km onde ocorreram os atoleiros já estão liberados para o tráfego.

Atoleiros 

Os atoleiros prejudicaram o transporte da safra, que iria para o porto de Mirituba (PA) e pode ter causado prejuízos superiores a R$ 100 milhões. Entre as cidades de Trairão e Novo Progresso, no Pará, cerca de 50 Km de atoleiro fezeram com que mais de cinco mil caminhoneiros ficassem presos na rodovia federal.

A situação se arrastava desde o dia 9 de fevereiro e só veio a ser solucionada no começo do mês de março.

Veja a nota completa:

"Em relação às declarações à imprensa emitidas pelo governador de Mato Grosso, Pedro Taques, sobre a BR-163/PA, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes esclarece o que segue abaixo:

– Toda administração pública, de um modo geral, seja federal, estadual ou municipal, é suscetível à ocorrência de problemas administrativos com contratos, especialmente quando é necessário rescindi-los e licitar o remanescente de obras. Dois exemplos dessas dificuldades são os problemas que o próprio governo do estado está enfrentando em obras conveniadas com o DNIT, com recursos transferidos há mais de dois anos por esta Autarquia, e que não saíram do papel: o Contorno Norte de Cuiabá e a pavimentação da BR-174/MT.

– Dos cerca de 700 quilômetros da BR-163/PA desde a divisa com Mato Grosso até Miritituba, 100 quilômetros não são asfaltados. Neste ano, o DNIT vai asfaltar 60 quilômetros – o trecho de 40 quilômetros onde ocorreram as retenções estão incluídos nestes 60 quilômetros. As empresas que vão pavimentar este segmento da rodovia já estão contratadas e iniciarão os trabalhos após o término do período chuvoso. As empresas contratadas para fazer a manutenção continuarão atuando até que o trecho seja asfaltado.

– os problemas verificados no trecho de 40 quilômetros da BR-163/PA foram solucionados com o ordenamento do tráfego, que permitiu a atuação das equipes de manutenção do DNIT. Nesta terça-feira (07/03), o tráfego na BR-163/PA está ocorrendo normalmente."

Veja mais:

Taques: risco a supersafra brasileira de soja é culpa do Dnit

Atoleiros da BR-163 geram prejuízos de R$ 10 milhões por dia

Felipe Leonel

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