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Divertida Mente: como as emoções dos consumidores se relacionam no processo de compra

Lançada no último mês, a sequência da famosa animação “Divertida Mente”, produzida pela Disney/Pixar, já se tornou a maior bilheteria de 2024. O novo filme aborda as emoções de ansiedade, tédio, inveja e vergonha, oferecendo uma visão lúdica sobre como esses sentimento impactam nossas vidas diárias. Além do valor educativo e cultural, a história também oferece boas percepções para estratégias de vendas no varejo.

Assim como na vida pessoal, mudanças são inevitáveis e crises são importantes para o crescimento. Para prosperar, os empreendedores devem aprender a lidar com a diversidade de clientes e com as variações nas temporadas de vendas. Compreender como essas emoções influenciam o comportamento do consumidor permite que as marcas desenvolvam estratégias comerciais mais eficazes e empáticas, melhorando a experiência de compra e fortalecendo o relacionamento com a marca.

Confira como podemos relacionar o consumidor e a empresa com essas novas emoções apresentadas em “Divertida Mente 2”.

A ansiedade pode ser um impulso para a ação

Em “Divertida Mente 2”, a ansiedade é retratada como uma emoção normal que pode ter um propósito positivo, desde que não se torne dominante. No contexto das vendas, a ansiedade pode ser um fator decisivo que impulsiona os consumidores a tomar decisões rápidas. Por exemplo, promoções por tempo limitado ou ofertas exclusivas podem gerar um senso de urgência, motivando os consumidores a agir rapidamente para não perder a oportunidade.

Para se ter ideia, pesquisas da Harvard Business School revelam que 95% do processo de decisão de compra ocorre de maneira subconsciente. Assim, aspectos emocionais exercem um impacto significativamente maior do que argumentos lógicos e racionais neste nível de consciência.

Uma boa alternativa para o varejista é de criar boas estratégias de campanhas com descontos por tempo limitado para incentivar compras imediatas, bem como mostrar que são ofertas exclusivas. Além disso, o marketing de escassez, com mensagens que trasmitam o senso de urgência também ajuda nesse tipo de prática.

O tédio tende a fortalecer a curiosidade e a novidade

O filme destaca o papel positivo do tédio em ajudar Riley a lidar com a intensidade da vida adolescente. No varejo, o tédio pode ser um poderoso motivador de compras frequentes e impulsivas. Quando os consumidores estão entediados, eles tendem a procurar novidades e experiências que os tirem da monotonia.

Por isso, é importante manter o inventário atualizado com novos produtos regularmente para atrair consumidores que buscam essas novidades. Outro ponto que pode ajudar a conquistar novos clientes é a experiência, como demonstrações de produtos, realidade aumentada ou eventos especiais em loja.

A inveja motiva tirar do papel os desejos e as aspirações

Apesar de contraditório, na animação, a inveja é retratada de forma positiva, ajudando a pré-adolescente a identificar o que ela deseja em sua vida. No mundo real, a inveja pode ser um motivador poderoso no comportamento do consumidor. Ver outras pessoas com produtos desejáveis pode criar um desejo de possuir itens semelhantes, influenciando decisões de compra.

No estudo da Sprout Social, “The 2024 Influencer Marketing Report”, quase metade dos consumidores (49%) fazem compras diárias, semanais ou mensais motivados por influenciadores.

Ou seja, apostar no marketing de influência pode ser um bom caminho, já que os influenciadores podem apresentar como os produtos são bons, práticos ou baratos, gerando desejo entre seus seguidores. Além disso, contar com provas sociais como depoimentos, avaliações e fotos de clientes satisfeitos para mostrar a popularidade e os benefícios dos produtos, também geram credibilidade.

A vergonha pode superar barreiras emocionais

A vergonha é apresentada como uma emoção que pode impedir a expressão plena de quem somos. No contexto das vendas, a vergonha pode ser uma barreira significativa, especialmente para produtos que envolvem aspectos pessoais ou sensíveis. Superar essa barreira pode aumentar a confiança dos consumidores e facilitar a decisão de compra.

De acordo com pesquisa da MindMiners, 44% dos consumidores escolhem marcas que buscam compreendê-los. Além disso, 39% acredita que falta diversidade de pessoas em comerciais e anúncios de forma geral.

Assim, as marcas entram com um papel fundamental no processo de reencantamento do consumidor, como incentivar mudanças nos conceitos de “padrões de beleza”, começando pela publicidade. Para completar, é importante que ocorra treinamentos para a sua equipe, com intuito de oferecer um atendimento discreto e compreensivo, especialmente em categorias de produtos sensíveis.

João Freitas

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