Ainda não houve sequer a publicação do edital pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso para prover as três vagas de desembargador e a disputa interna para saber quem irá ser indicado na lista sêxtupla já expõe uma briga interna no grupo político que atualmente dirige a OAB/MT. Das três vagas que devem ser abertas ainda neste ano, duas são da magistratura e uma da OAB/MT.
De acordo com o apurado pelo CMT, advogados mais antigos estão incomodados com a presença de jovens nomes da advocacia que estão sendo cogitados para disputar a vaga para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Essa situação estaria sendo objeto de discussão pelos caciques do grupo político dominante da OAB/MT, inclusive para exercer pressão sobre Gisela Cardoso, a atual presidente da Ordem e o conselho da entidade, visando mudar as regras do jogo. O intuito seria deixar de lado a prática consagrada de ser o conselho estadual quem indica os seis nomes da lista, passando essa escolha para uma eleição direta de toda a classe.
Desde sempre, é o conselho estadual da OAB/MT quem define os nomes da lista sêxtupla a ser encaminhada ao Tribunal de Justiça e agora se cogita mudar essa regra para atender o grupo político dos ex-presidentes Francisco Faiad, Ussiel Tavares e Leonardo Campos, pois eventualmente seus candidatos teriam dificuldades de serem chancelados pelo conselho estadual no atual formato de escolha. Atualmente ocupam as vagas do quinto constitucional os desembargadores Rubens de Oliveira, Maria Helena Póvoas e Luiz Ferreira.
Entre os advogados cujos nomes vêm sendo ventilados nos bastidores estão Ussiel Tavares, João Celestino, Hélio Nishiyama, Flaviano Taques, Ricardo Almeida, Jackson Coutinho, André Stumpf e Sebastião Monteiro. Entre as advogadas despontam como favoritas Dinara Oliveira, Juliana Zafino e Gláucia Amaral.