Com pavilhões destruídos, direção não consegue isolar presos (Foto: Josemar Gonçalves/Reuters)
A direção de Alcaçuz emitiu uma declaração afirmando que "não há mais as minímas condições de assegurar a integridade física e as vidas dos ex-policiais que estão cumprindo pena no regime fechado na unidade prisional". A advogada Kátia Nunes, que representa um ex-PM, informou que solicitou a prisão domiciliar dele.
Atualmente, cinco ex-policiais estão detidos na penitenciária de Alcaçuz. Até o início do ano, eles ficavam isolados em uma ala separada que existe no presídio para detentos que não são aceitos nos pavilhões convencionais. Os cinco ex-PMs detidos em Alcaçuz são: Anderson Ricardo Frances de Brito; Ednaldo Manoel do Nascimento; Horácio Dantas de Oliveira; Márcio André de Souza Silva; e Márcio de França Ferreira.
Desde o dia 14 de janeiro, quando teve início a série de rebeliões em Alcaçuz, resultando na morte de pelo menos 26 detentos, os presos passaram a ter livre acesso entre os pavilhões e a outros setores da penitenciária.
De acordo com a declaração assinada pelo diretor Ivo Freire, "já não há limites entre os pavilhões ou outro setor dessa penitenciária, não tendo qualquer controle ou restrição de acesso dos apenados, pois não há grades ou barreiras que separem uns dos outros internos custodiados".
Diante desse cenário, a advogada Kátia Nunes informou que entrou com pedido junto a comarca de Nísia Floresta para que a Justiça conceda prisão domiciliar a Márcio de França. O pedido foi feito no último dia 26, mas ainda não foi julgado.
"Todos têm direito a vida e isso é uma obrigação do Estado. Se não existe uma prisão militar, nem o Estado tem onde colocar esses ex-policiais em segurança, então, a saída é prisão domiciliar com uso de tornozeleira", afirma Kátia Nunes.
Fonte: G1