O deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM) colocou o posto de líder do seu partido na Assembleia Legislativa à disposição e afirmou que o envolvimento do seu nome da Operação Theatrum tem “viés político”. Na manha desta terça-feira (18), o deputado compareceu à Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre denúncias de corrupção no Incra e também teve seu gabinete vasculhado em cumprimento a mandato de busca e apreensão.
A investigação apura a corrupção de servidores públicos federais envolvidos na fiscalização do Incra feita no assentamento Tapurah/ Itanhangá com resultados acertados previamente.
Em nota, Dal’Bosco esclareceu:
· A presença da Polícia Federal em seu gabinete teve como objetivo intimá-lo a comparecer à sede do órgão e prestar esclarecimentos quanto ao processo 759/2015, do qual o mesmo não tinha conhecimento;
· Ao contrário do que foi divulgado em alguns veículos de comunicação de Mato Grosso não houve Condução Coercitiva à sede da PF, fato que se deu se forma espontânea;
· Até o momento do depoimento à PF desconhecia o teor do processo, cujo objeto seria a propina paga a servidores do INCRA no ato da vistoria dos imóveis rurais, fato do qual nega qualquer envolvimento;
· Teve seu nome envolvido nas investigações denominada Terra Prometida, mas as acusações caíram por terra após o próprio INCRA e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tapurah emitirem certidão/nota inocentando-o de possuir qualquer propriedade naquele referido assentamento;
· O seu envolvimento na operação 'Theatrum' se deu após denúncia do empresário Eduardo Magalhães Pinto, que afirmou tê-lo visto almoçando com o servidor do Incra e com lideranças políticas na cidade de Itanhangá, fato desmentido pelo parlamentar que afirmou ser pessoa pública e que está sempre presente no município, onde apoiou um grupo político oposto ao do referido empresário;
· O deputado questiona a idoneidade da ‘testemunha’, que está sendo investigada na operação Terra Prometida por comercializar lotes ilegais no P.A. Itanhangá, obtendo lucro de R$50 mil na transação, pontuando que, por se tratar de um comerciante, o mesmo não possui perfil para aquisição de lotes da Reforma Agrária;
· Quanto ao uso recorrente do seu nome por parceleiros e diversas lideranças políticas nos P.A.s Tapurah/ Itanhangá, o deputado estadual justifica que isso é comum em todo o Estado de Mato Grosso, uma vez que atua como Coordenador da Frente Parlamentar de Regularização Fundiária da Assembleia Legislativa, onde é procurado com frequência por pessoas que buscam agilidade nos processos de regularização fundiária junto ao Incra. Prova disso foi a promoção oficial, por parte do Legislativo Estadual, de duas audiências públicas em Itanhangá e diversas reuniões em Brasília com o presidente do INCRA, deputados federais e senadores mato-grossenses;
· Diante das acusações infundadas e com sérios indícios de viés político, colocará a ‘função’ de Líder do Governo a disposição do governador Pedro Taques, para que não haja prejuízos à imagens do gestor;
· Por fim, afirma que continuará militando pela regularização fundiária em Mato Grosso, ainda que sua participação nessa área polêmica, burocrática e cercada de interesses financeiros e políticos – em detrimento da dignidade de milhares de famílias em condições de miserabilidade- acarrete novas dificuldades e acusações infundadas à sua imagem!
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