Foto Willian Matos
O líder do Governo do Estado na Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), saiu em defesa do governador Pedro Taques (PSDB) e afirmou que o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Antonio Joaquim, já atua como pré-candidato ao Palácio Paiaguás.
O parlamentar citou até mesmo reuniões políticas em que o conselheiro já estaria se apresentando como postulante ao Governo, mesmo com as restrições de tal atuação, por conta de Antônio Joaquim ainda estar no cargo de julgador de contas públicas.
“Ele [Antônio Joaquim] participou de várias reuniões se colocando como pré-candidato. Em todo o momento ele se coloca dessa forma, ou algum presidente de partido o convida para se filiar e o colocar como pré-candidato ao Governo do Estado”, disse.
Dilmar ainda repetiu a fala de Taques, acusando Antônio Joaquim de utilizar o órgão para se autopromover.
“Ele [Antonio Joaquim] vem usando o cargo de presidente do TCE para fazer palanque eleitoral. Ele está usando do seu cargo para aparecer na mídia, vejo que é preciso haver mais respeito”, pontuou Dal’Bosco.
A defesa de Dilmar foi mais um episódio do embate protagonizado pelo governador e o presidente do TCE-MT, que teve início nesta semana, após a Corte de Contas acionar o secretário de Estado de Fazenda (Sefaz), Gustavo de Oliveira, pela recusa de compartilhar dados sigilosos de empresas para auditoria no controle de exportação do Estado.
O Governo levantou a suspeita de que Antonio Joaquim quer ter acesso aos dados para cooptar financiamento para uma futura campanha ao Palácio Paiaguás.
Pelo WhatsApp, o governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que o TCE-MT se deixa rebaixar ao permitir que o conselheiro utilize o cargo como “poleiro político”.
Já o presidente do TCE-MT disse que a “arrogância” de Taques não o assusta e que não vai deixar a política partidária interferir na sua atuação no órgão.
Em meio ao embate – que demonstra a antecipação da disputa eleitoral de 2018 -, estão projetos importantes que ainda estão em processo de negociação com os Poderes, como o Teto de Gastos e o atraso do duodécimo. Dilmar, entretanto, acredita que as discussões acaloradas não prejudicarão o andamento das matérias.
“Não vejo nenhum problema para votar, pois o presidente do TCE não vem votar. Temos uma base consolidada em relação a isso e ele não tem qualquer interferência”, concluiu.
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