O senador mato-grossense, José Medeiros, disse em plenária que a presidente Dilma Roussef (PT) está enterrando do seu governo caso dê superministério ao ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, o senador explicou que os novos fatos revelados pela Revista Veja – onde um há um áudio entre o ministro da educação, Aloísio Mercadante, e um assessor do senador Delcídio do Amaral tentando impedir a delação do petista para a Polícia Federal – irão acelerar o rito para o processo de impeachment.
Segundo o senador o governo petista está dando um golpe dentro da sua própria gestão. “Se caso aconteça essa façanha (de Lula aceitar o ministério), o que fará Dilma no Planalto? Ela será apenas uma figura decorativa? Isso serve só para uma obstrução das investigações e todos sabem disso”, disse Medeiros.
Em sua opinião, a presença de Lula no Planalto representaria, na prática, a destituição da presidente Dilma Rousseff, embora ela permaneça no cargo. E ela perderia o poder sem o devido processo legal, afirmou José Medeiros, uma vez que, pela Constituição, apenas o Poder Legislativo pode tirar do cargo quem ocupa a presidência da República.
“Eu li a delação e ele cita 186 vezes, até onde contei, o nome do ex-presidente Lula. Não creio que a presidente [Dilma] ia ter coragem de, diante dessa fragilidade do ex-presidente, colocá-lo como superministro ou como [quase] presidente da República. O que fica patente é o seguinte: o Congresso não pode ficar inerte, o Legislativo não pode mais adiar. O impeachment é inevitável”, taxou.
Sobre o caso de Mercadante, Medeiros explicou que esse áudio e suposta tentativa de desestimula a delação de Delcídio é mais uma prova da instabilidade e desespero do governo. "Devo dizer que 'pau que dá em Delcídio, também deve dar em Mercadante'. Se ele está envolvido precisa ser tomada uma atitude por parte do Executivo", concluiu.