Política

Dilma sanciona nesta quarta lei que torna abuso infantil crime hediondo

 
Com a sanção, o cumprimento das penas passará a respeitar o que é previsto no caso da prática de crime hediondo, como o início da pena no regime fechado e com progressão para o semiaberto (que permite trabalho fora da prisão) somente após o cumprimento de, ao menos, 2/5 da pena (ou de 3/5, se for reincidente), e não 1/6, como nos demais crimes.
 
Antes da solenidade restrita na sede do Executivo federal, a presidente receberá Xuxa em seu gabinete. Também participará da audiência o cantor Sérgio Reis e os criadores do aplicativo Proteja Brasil, lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) na última segunda (19).
 
Atualmente, o Código Penal vigora com a redação de que o crime de exploração sexual se dá ao "submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone".
Pelo projeto aprovado nesta quarta, será acrescentado trecho no qual define que o crime se dará quando houver "favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável".
 
Semana de combate
Dilma Rousseff tinha até o dia 2 de junho para sancionar a nova legislação. Ela decidiu, no entanto, aproveitar a Semana Nacional do Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infantil, entre 18 e 23 de maio, para sancionar a lei.Em razão da data, Xuxa passará o dia em Brasília. Às 13h30, ela irá visitar a Central do Disque 100, serviço que recebe denúncias sobre abusos contra direitos humanos, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência.
Às 14h, a apresentadora receberá o Prêmio Neide Castanha, concedido pela Frente Parlamentar da Câmara dos Deputados em Defesa da Criança e do Adolescente.
 
Aplicativo
A partir do local onde o usuário está, o aplicativo desenvolvido pelo Unicef indica telefones, endereços e os melhores caminhos para chegar até delegacias especializadas, conselhos tutelares e organizações que ajudam a proteger crianças e adolescentes da violência nas principais cidades brasileiras.
 
A ferramenta ainda classifica oito tipos de violações de direitos: trabalho infantil, violência física, violência psicológica, violência sexual, discriminação, tortura, tráfico de pessoas e negligência e abandono.
 
G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões