Política

Dilma nega divisão e diz estar aberta ao diálogo

Após vencer a eleição presidencial mais disputada da história brasileira, a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT), pediu união aos brasileiros e disse não acreditar que o país tenha saído dividido das eleições.

Com 99,95% das urnas apuradas, Dilma teve 51,64%% dos votos contra 48,36%% dos votos de Aécio Neves (PSDB). "Conclamo sem exceção a todas as brasileiras e a todos os brasileiros para nos unirmos em favor do futuro de nossa pátria de nosso país, de nosso povo", disse Dilma.

Dilma fez seu discurso em um hotel de Brasília, ao lado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente reeleito, Michel Temer e de presidentes dos partidos de sua coligação.

O agradecimento a Lula marcou o início do discurso de Dilma. "Começo saudando o presidente Lula", disse a candidata reeleita do PT, para em seguida puxar um coro de ""Olê, olê, olê, olá/Lula/Lula", para logo depois denominar Lula o 'militante número 1 das causas do povo'.

Dilma não acredita em "país dividido"

A presidente reeleita disse não acreditar que o Brasil esteja dividido após as eleições. "Não acredito, sinceramente, do fundo do meu coração, não acredito que essas eleições tenham dividido o país ao meio. Entendendo, sim, que elas mobilizaram ideias, emoções às vezes contraditórias, mas movidas por um sentimento comum, a busca de um futuro melhor para o país", afirmou a presidente.

Ao dizer que "essa presidenta aqui está aberta ao diálogo", a presidente afirmou saber que "uma reeleição é um voto de esperança na melhoria de um governo".

A pequena margem de votos que garantiu sua vitória também foi assunto de seu discurso: "Algumas vezes na história, resultados mais apertados [em eleições] produziram mudanças mais rápidas que vitórias amplas, e é essa a minha certeza do que vai acontecer no Brasil a partir de agora".

Dilma disse esperar que a "energia" liberada durante as eleições possa ser canalizada para a realização das mudanças que a população espera.

"Em lugar de ampliar divergências, de criar um fosso, tenho forte esperança de que a energia mobilizadora tenha preparado um bom terreno para a construção de pontes. O calor liberado no fragor da disputa pode e deve agora ser transformado em energia construtiva de um novo momento no Brasil", afirmou.

Uol

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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