Após chocar o país com uma política de recessão e retrocessos – em uma contradição às promessas de campanha -, a presidente Dilma Rousseff encerra 2015 com apenas 11 das 34 principais metas que deveriam ter sido cumpridas este ano.
Segundo um levantamento do jornal Folha de S.Paulo, “das 34 principais metas para 2015 que Dilma especificou na mensagem, só 11 (32,3%) foram atingidas, enquanto 17 (50%) tiveram desempenho insatisfatório. Em outras seis áreas (17,7%), o prazo para implementação vai além deste ano, logo, fora do que era esperado pela Presidência”.
Para o professor do Instituto de Economia da Unicamp, Guilherme Mello, em 2014, o Brasil parou à espera da eleição; em 2015, o Brasil tombou.
Já o especialista em finanças públicas, Mansueto Almeida, o pior do ajuste ainda está por vir, pois, de 2008 a 2014, a dívida pública cresceu R$ 500 bilhões, grande parte subsídio a empréstimos de bancos públicos.
“No ano que vem é necessário aprovar ajustes estruturais para possibilitar que as despesas obrigatórias cresçam menos que a inflação, mas não vejo a presidente ter base política para isso”, avaliou o especialista.