Em discurso, Dilma defendeu a revitalização da indústria naval brasileira, retomada com o apoio da Petrobras, e disse que o setor foi um dos responsáveis pelo aumento da geração e manutenção dos empregos no país nos últimos anos.
Tenho muito orgulho porque sei que muitos trabalhadores vieram das mais variadas origens, alguns eram açougueiros, empregadas em algum comércio, muitos eram cortadores de cana e hoje são profissionais da indústria naval deste país, indústria de que precisamos para transformar o Brasil em um país mais rico e não exportar para fora do Brasil aquilo que temos de mais sagrado, que é o emprego das famílias brasileiras, disse a presidenta.
O Dragão do Mar é a sétima embarcação do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) a entrar em operação. O petroleiro foi produzido no Estaleiro Atlântico Sul e é o terceiro de uma série de dez navios tipo suezmax (com dimensões que permitem atravessar o Canal de Suez, no Egito) encomendados pela Transpetro.
Com 274,4 metros (m) de comprimento, 48m de largura e capacidade de transporte de 1 bilhão de barris de petróleo por dia, o Dragão do Mar sairá do Porto de Suape com destino à Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, onde será carregado com petróleo cru e seguirá para o Terminal Aquaviário de São Francisco do Sul, em Santa Catarina.
O Brasil é capaz de produzir navios e plataformas. Em 2003 diziam para mim e para a Graça Foster [atual presidenta da Petrobras] que não íamos conseguir fazer nem casco de plataforma ou de navio. Como somos incrédulas quando se trata de desmerecer os trabalhadores brasileiros, insistimos e teimamos no Brasil a gente tem essa mania: a gente teima, lembrou Dilma. Atualmente, o Promef tem 12 navios em construção, quatro na fase de acabamento.
No mesmo discurso, a presidenta defendeu a Petrobras que é alvo de denúncias de corrupção e disse que as acusações serão apuradas e punidas com o máximo rigor, mas que não vai permitir o uso político-eleitoral dos problemas da estatal.
AGENCIA BRASIL