Isto se deve ao convite feito pela presidente Dilma Rousseff (PT) o nesta quinta-feira (19) para ele ser o candidato dela no Estado. A proposta se deu diante do fato de o primo do empresário, o senador Blairo Maggi (PR), ter se recusado a disputar mais uma vez o comando do Palácio Paiaguás.
O convite teria sido feito após a cerimônia de inauguração do Terminal Ferroviário Senador Sebastião Francisco Vuolo, em Rondonópolis, solenidade que trouxe a petista em visita a Mato Grosso. Eraí, inclusive, acompanhou a presidente em sua viagem de volta a Brasília.
O empresário aceitou entrar na disputa e até já comunicou, acerca de sua decisão, a família e algumas lideranças políticas como o prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT). A promessa é que seja o candidato do Palácio do Planalto em Mato Grosso, responsável por promover o palanque de Dilma à reeleição no Estado.
Apesar de suas movimentações nos bastidores, Eraí ainda não fala publicamente como candidato. “Estou avaliando. Não digo que sim, nem que não. Tenho convite de várias pessoas, inclusive da presidente”, afirmou ontem à noite em entrevista ao Diário. Ele estava em Novo Progresso (PA), acompanhado do diretor-geral do Dnit, Jorge Fraxe.
Em relação a partido, Eraí disse que ainda estuda os convites. “Tenho até o início de outubro para me filiar”, disse. “A eleição é no ano que vem. Agora é hora de avaliar os cenários”.
Entreas siglas que teriam sido cogitadas esteve o PTB, que recentemente fez adesões significativas como o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), Luiz Antônio Pagot, e da ex-senadora Serys Shessarenko.
Com o convite de Dilma, ainda há a tendência de que Eraí migre para o PMDB, legenda com a qual já possuiria diálogos avançados. De qualquer forma, o empresário tem até 5 de outubro para se decidir.
A data é o limite concedido pela Justiça Eleitoral para as filiações daquelas pessoas que desejam concorrer à eleição de 2014 e não possuem cargos privilegiados pela legislação, como magistrados, que têm até abril do próximo ano.
Eraí já chegou a disputar uma eleição majoritária em 2002. Na época, esteve do lado oposto ao primo senador, então candidato ao governo do Estado. Foi suplente de Dante de Oliveira (já falecido), que acabou derrotado na disputa ao Senado. As vagas, naquele ano, foram preenchidas por Jonas Pinheiro, filiado ao extinto PFL, e Serys que, na ocasião, ainda era militante do PT.
Agora, Eraí corre novamente o risco de estar longe do apoio de Maggi. Isso porque o PR avalia a possibilidade de apoiar o projeto do senador Pedro Taques (PDT) à sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB). Outra hipótese estudada pelos republicanos é de um candidato próprio. Neste caso, o nome é do ex-prefeito de Água Boa, Maurício Tonhá, o Maurição.
Fonte: Repórter News