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Dieta rica em proteína pode ser tão prejudicial quanto cigarro

 
As descobertas surgiram a partir da anpalise de 6.381 pessoas com 50 anos ou mais que participaram da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição, que acompanha um grupo representativo de adultos e crianças nos Estados Unidos.
 
Os participantes consumiram uma média de 1.823 calorias por dia, com 51% provenientes de carboidratos, 33% de gordura e 16% de proteínas, dos quais dois terços eram proteína animal. A amostragem foi dividida em três grupos: alta proteína (20% ou mais da ingestão diária), moderado (10 a 19 % da ingestão) e baixa proteína (menos de 10% das calorias diárias).
 
Altos níveis de proteína animal na dieta em pessoas com menos de 65 anos estavam ligados a um aumento de quatro vezes no risco de morte por câncer ou diabetes, e quase o dobro do risco de morrer de qualquer causa durante um período de 18 anos. Os efeitos nocivos gerais observados no estudo foram quase totalmente exterminados quando a proteína veio de fontes vegetais, como feijões e leguminosas. No entanto, especialistas em nutrição alertaram que ainda é muito cedo para tirar conclusões definitivas.
 
O estudo lança dúvidas sobre os efeitos na saúde a longo prazo das dietas ricas em proteínas nas pessoas de meia idade ou mais jovens. Os pesquisadores sugerem que a dieta de alta proteína deve ser iniciada na terceira idade, quando o corpo começa a perder peso e tornar-se frágil. A partir do 65 anos, disseram os autores, uma dieta rica em proteína pode reduzir o risco de morte por qualquer causa em 28% e reduzir mortes por câncer em 60%.
 
Os cientistas afirmam que o ideal é ingerir cerca de nove ou dez por cento de suas calorias provenientes de proteínas, sendo as fontes vegetais mais ideais. Entretanto, isolar os efeitos na saúde de nutrientes individuais é notoriamente difícil. Os efeitos aparentemente prejudiciais de uma dieta rica em proteínas podem ser impulsionados por fatores de estilo de vida mais comuns em comedores de carne vermelha regulares. Outros fatores podem distorcer os resultados também: uma pessoa no estudo que ficou doente poderia ter comido mais, percebendo assim um aumento proporcional na quantidade de calorias ingeridas.
 
Nove formas de consumir proteínas sem nem chegar perto de carnes
 
Rica em proteína, a carne vermelha pode ser substituída do cardápio por opções igualmente fontes desse nutriente. "Ovos, cogumelos, sementes e laticínios são apenas alguns exemplos de alimentos que carregam proteínas", explica a nutróloga Tamara Mazaracki, membro da Associação Brasileira de Nutrologia. Reduzir a quantidade de carnes do cardápio pode fazer um bem enorme à saúde. Um estudo realizado pela Universidade de Harvard (EUA), feito com mais de 120 mil pessoas ao longo de 20 anos, mostrou que as pessoas que comem menos carne vermelha podem viver mais tempo e ter menos riscos de doenças cardíacas do que aquelas que ingerem regularmente hambúrgueres, carnes e alimentos processados como bacon, salsicha e linguiça. Mas o importante é fazer substituições inteligentes, que se adaptem ao estilo de vida e às preferências de cada um. Para os dias em que você vai deixar as carnes de fora do prato, é preciso apenas fazer boas escolhas.
 
MinhaVida

Redação

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