Em seu blog ele (que não revela seu nome de quando era mulher) fala para outros garotos sobre dicas de beleza e fitness, mas é o processo de transição da identidade que desperta a curiosidade das pessoas, que fazem perguntas freqüentes na página. Oliver responde a todas com naturalidade.
Ao ser questionado sobre os seios, ele explicou que essa parte do corpo perdeu a sensibilidade após a cirurgia. “Eu costumava ter uma sensação muito desagradável nos primeiros meses pós-operação. Parecia que eles não estavam mais lá, a não ser pela cicatriz que me fazia lembrar”. Outra dúvida constante é sobre a vida sexual dos transex, mas o polonês esclarece: "Felizmente, independente de anatomia e seguindo o fato de que sexualidade não é apenas fazer sexo, é completamente possível se satisfazer. Depende muito de como a pessoa se sente confortável, se optaram por uma cirurgia mais simples ou completa. Existem diversas opções. É engraçado como até mesmo as pessoas que se assumem trans acham que podem ficar sozinhas, não arrumar ninguém. Elas precisam saber que não são as únicas transex no mundo. O que as torna únicas são suas escolhas".
Processo hormonal a parte, Oliver leva uma vida como qualquer outro garoto de sua idade. "Sou calouro em design de produto na Academia de Belas Artes. Além disso, estou amplamente interessado na arquitetura moderna, design gráfico, design de interiores, estudos de cinema e coisas do gênero. Quando não estou desenhando algo ou passando por toneladas de blogs de design, gosto de ler Ernest Hemingway, Émile Zola, Witold Gombrowicz. E comer cachorro-quente, soja ou praticar ciclismo", diz ele.
Revista Marie Claire