O atual governo do Estado apresentou, nesta semana, um relatório detalhado sobre todas as obras de mobilidade urbana deixadas pela antiga gestão. Na realidade, os dados expostos não geraram grande surpresa na população que, diante dos transtornos causados por atrasos e construções de má qualidade, já esperava o pior.
A problemática já foi tema de diversas reportagens do Circuito Mato Grosso, como na edição 520 de janeiro deste ano, onde mostramos alguns flagrantes de frequentes problemas encontrados nas estruturas que continuam causando apreensão de pedestres e motoristas.
A qualidade duvidosa comprovada agora pelo governo do Estado coloca em xeque o futuro da mobilidade urbana na capital mato-grossense.
A gestão ineficiente do último governo, com Silval Barbosa (PMDB) no Palácio Paiaguás e Maurício Guimarães à frente da Secretária Extraordinária da Copa (Secopa), acabou sendo comprovada nos resultados vergonhosos e totalmente questionáveis sobre o andamento das 32 obras que já deveriam ter sido terminadas antes que o torneio mundial de futebol começasse na capital.
Muitas obras da Copa do Pantanal foram iniciadas sem projetos, o que acabou resultando em gastos excessivos e péssima qualidade das mesmas.
Com a troca de governo, quem acabou ficando responsável por descascar o abacaxi envolvendo a conclusão de todas as construções foi a Secretaria de Estado de Cidades (Secid MT), comandada pelo secretário Eduardo Chiletto.
No detalhamento técnico, os números apresentados são: 32 obras que, sem contar a do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), se dividem em 20 em execução, nove concluídas aguardando o recebimento, e apenas três concluídas e recebidas oficialmente. Somam-se, assim, 86,2% de conclusão.
Do valor total de contratos (R$ 933.092.604,01), Chiletto afirma que para a conclusão das obras em Cuiabá e Várzea Grande a previsão orçamentária é de R$ 155.600.000. “Estamos nos aprofundando para dar o respaldo necessário à sociedade. Queremos entregar estas obras com qualidade. Assim como nós, a população também está cansada de receber obras sem qualidade”, declarou.
Para dar celeridade à conclusão destas obras, o secretário declarou que fará um “plano de ataque”, convocando as empresas e consórcios responsáveis pela execução das obras para a confecção de novos cronogramas (físico e financeiro) em cada um dos empreendimentos.
