As alergias alimentares se devem a respostas imunológicas exageradas contra um determinado agente alimentar, ou seja, é como um serviço de vigilância do corpo, protegendo contra infecções e substâncias nocivas. É o que explica Myrna Campagnoli, endocrinologista do Laboratório Cedic Cedilab.
A alergia pode provocar sintomas na pele (coceira, urticária, inchaço), nos sistemas respiratório (tosse, chiado no peito) e gastrointestinal (náusea, vômito e diarreia). Alguns casos podem levar até a morte. “Se a alergia for muito severa, ela pode causar alteração na pressão arterial e arritmias cardíacas. Isso pode levar à paralisação dos órgãos vitais, causando um choque anafilático, que obstrui as vias aéreas. Se esta reação extrema não for tratada prontamente, com medicamentos de emergência e encaminhamento ao hospital, pode resultar em óbito”, afirma a Dra. Myrna.
Segundo a endocrinologista, qualquer alimento pode desencadear uma reação alérgica, porém alguns são mais frequentes, como leite de vaca, ovos, soja, amendoim e crustáceos. “O potencial de alergenicidade depende, em grande parte, da constituição do alimento, mas também por fatores genéticos e imunológicos da própria pessoa ou da exposição prévia (ou falta dela) ao agente alérgeno”, afirma a médica.
Alergia ou intolerância alimentar
Muitas pessoas confundem a alergia com a intolerância alimentar, porém, segundo a Dra. Myrna, são duas situações diferentes. “Na intolerância, existe a falta de uma enzima ou substância indispensável para a digestão daquele alimento, logo ele não pode ser metabolizado e acaba gerando reação. Já a alergia é uma resposta imune do corpo para combater um agente externo desconhecido ou agressivo ao organismo”, afirma.
Embora seja uma condição que acomete grande parte da população, a alergia alimentar não tem cura e a recomendação para evitar as reações é retirar o alimento da dieta. “A alergia deve ser diagnosticada para poder ser controlada”, afirma a Dra. Myrna.
O paciente que deseja saber se tem alergia a determinado alimento deve procurar um médico e se submeter a alguns exames. As principais maneiras de diagnosticar a condição são através de exames clínicos, análises de sangue e testes cutâneos.
Assessoria