Mato Grosso reforça seu potencial turístico ao se consolidar como um dos principais destinos de pesca esportiva do Brasil. O Estado teve dez municípios incluídos na lista dos melhores locais para a prática, segundo a 12ª edição do Boletim de Inteligência de Mercado do Turismo (BIMT), elaborado pelo Ministério do Turismo. Entre eles estão Alta Floresta, Nova Canaã do Norte, Sinop, São Félix do Araguaia, Canarana, Barão de Melgaço, Poconé, Cáceres, Cuiabá e Pontes e Lacerda.
Com rios caudalosos e uma biodiversidade única, o Estado se destaca tanto pela infraestrutura quanto pela variedade de espécies, atraindo turistas nacionais e estrangeiros. Os principais rios para a prática estão distribuídos nas três grandes bacias hidrográficas do país — Amazônica, Tocantins-Araguaia e Paraguai — e incluem o Araguaia, Teles Pires, Juruena, Cuiabá, São Lourenço, Culuene, Xingu, Cristalino e Paraguai. Entre as espécies mais procuradas estão tucunaré, dourado, pacu, pirarucu, pirarara e jaú, que garantem emoção e desafio aos pescadores.
A pesca esportiva em Mato Grosso também é marcada pela sustentabilidade, com a adoção do transporte zero, legislação que impede a matança de peixes e incentiva o modelo “pesque e solte”. O segmento movimenta a economia local ao beneficiar guias, pousadas, barcos-hotéis, restaurantes e comunidades ribeirinhas. Para fortalecer ainda mais a atividade, o Governo do Estado tem investido em capacitação e qualificação de profissionais ligados ao turismo.
Segundo a Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva (Anepe), o setor movimenta cerca de R$ 3 bilhões por ano no Brasil e gera aproximadamente 200 mil empregos diretos e indiretos. Em Mato Grosso, os impactos já são visíveis e o crescimento é potencializado pela divulgação em eventos nacionais, como a Fishing Show Brazil, realizada no fim de agosto em São Paulo.