Esportes

Desfalques na seleção aumentam pressão sobre Dunga

O técnico Dunga procura se controlar, publicamente encara a pressão com naturalidade, mas sabe que um mau desempenho na Copa América Centenário, nos Estados Unidos, pode abreviar esta sua segunda passagem pela seleção brasileira. E problemas não lhe faltam. Em curto espaço de tempo, perdeu três de suas peças mais importantes na equipe: Ricardo Oliveira, Douglas Costa, cortados por contusão, e, claro, Neymar, que nem sequer foi convocado.

O treinador sentiu o baque, mas não dá o braço a torcer e tenta enxergar o lado bom das coisas. "A gente quer contar sempre com os melhores, mas essa é a oportunidade para os jogadores (que estão no grupo) aproveitarem, tornarem-se referência", disse.

No entanto, a perda de três titulares e o fato de um quarto jogador importante, Daniel Alves, não estar em suas melhores condições físicas, devem levar Dunga a retomar o estilo mais precavido de armar a equipe, algo que vinha esboçando abandonar nas últimas partidas. Como o poder de fogo diminuído, a tendência é que se volte para a solidez defensiva.

Na maior parte dos treinos que realizou nestes primeiros dias de preparação em Los Angeles – sempre com o grupo incompleto -, Dunga escalou a equipe que poderia ser considerada titular com apenas um volante: Elias. No entanto, são boas as chances de Luiz Gustavo entrar no time já no amistoso deste domingo contra o Panamá, em Denver. É uma maneira de reforçar o sistema defensivo e, ao mesmo tempo, dar mais liberdade ao corintiano de se apresentar à frente.

As circunstâncias, aliadas ao passado recente dentro de campo com a seleção, levam Renato Augusto a ter alguma vantagem sobre Lucas Lima na briga por posição. O meia que está no futebol chinês é menos ofensivo do que o santista, ajuda os volantes quando preciso e essa "composição defensiva" agrada bastante a Dunga.

O treinador já estava "conformado" com a ausência de Neymar, mas lamentou bastante não poder contar com Ricardo Oliveira e, principalmente, Douglas Costa. Mas, ao perder o jogador do Bayern de Munique, em vez de substituí-lo por alguém com as mesmas características, optou por Kaká, que normalmente aproveita pouco nas partidas, em uma clara opção por experiência e liderança de grupo.

Líderes, aliás, é algo que Dunga pretende descobrir nesta Copa América Centenário. Jogadores que venham se juntar a Daniel Alves, Miranda e Kaká e que também tenham a capacidade de ajudá-lo dentro de campo. "Estamos buscando mais líderes, com comando e que recordem aos companheiros dentro de campo aquilo que treinamos".

Sobre a pressão de ter se sair bem na competição dos Estados Unidos para não correr o risco de ser demitido, Dunga prefere não pensar muito nisso. "Na seleção sempre vai existir pressão pelo resultado. Mas a maior cobrança é entre nós (comissão técnica e jogadores), pelo que (o time) pode render, a capacidade de cada um", disse.

Fonte: Estadão Conteúdo

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Esportes

Para embalar, Palmeiras vai manter esquema ofensivo fora de casa

  A derrota para o Penapolense no último fim de semana trouxe de volta a tensão que marcou o rebaixamento
Esportes

Santos e São Paulo na vila opõe Neymar e Ganso pela primeira vez

  Ganso trocou o Santos pelo São Paulo de forma polêmica, em setembro, e até aqui não fez grandes jogos