Mato Grosso encerrou o 2º trimestre de 2025 com taxa de desocupação de 2,8%, recuo ante os 3,5% do 1º trimestre e entre as menores do país — abaixo apenas de Santa Catarina (2,2%) e Rondônia (2,3%). O movimento confirma o aquecimento do mercado de trabalho estadual, com mais vagas absorvendo a mão de obra local.
No cenário nacional, o Brasil registrou 5,8% de desemprego no 2º trimestre, a menor taxa da série histórica iniciada em 2012 e queda frente aos 7,0% do 1º trimestre. Na comparação por Unidades da Federação, houve redução em 18 dos 27 estados e estabilidade nos demais. As maiores taxas ficaram com Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%).
Para o analista da pesquisa, William Kratochwill, os dados evidenciam um mercado “aquecido e resiliente”, com redução dos contingentes em busca de ocupação. “Há mais oportunidades que estão absorvendo os trabalhadores, mesmo aqueles que apresentavam mais dificuldade em conseguir um trabalho”, afirmou.
O rendimento real mensal habitual alcançou R$ 3.477, acima do trimestre anterior (R$ 3.440) e do mesmo período de 2024 (R$ 3.367). Na comparação trimestral, o Sudeste (R$ 3.914) foi a única região com alta significativa, e a massa de rendimento somou R$ 351,2 bilhões, com recorde no Sudeste (R$ 177,8 bilhões); o Sul (R$ 63 bilhões) ficou estável.
Recortes mostram taxa de 4,8% para homens e 6,9% para mulheres; entre brancos, 4,8%, pretos, 7%, e pardos, 6,4%. A desocupação é maior para ensino médio incompleto (9,4%) e cai para 3,2% entre quem tem superior completo. O número de pessoas procurando trabalho há dois anos ou mais foi de 1,3 milhão, o menor para um 2º trimestre desde 2014.
No setor privado, 74,2% dos empregados têm carteira assinada (picos em Santa Catarina 87,4%, São Paulo 82,9% e Rio Grande do Sul 81,2%) e o trabalho por conta própria responde por 25,2% da ocupação, com maiores percentuais em Rondônia (35,3%), Maranhão (31,8%) e Amazonas (30,4%).