O ex-deputado preso José Geraldo Riva teve seu primeiro pedido de habeas corpus, na operação metástase (fase dois), negado pelo desembargador Gilberto Giraldelli. A decisão foi dada logo na manhã desta terça-feira (20) e Riva ficará no Centro de Custódia da Capital (CCC). A defesa do ex-parlamentar impetrou o pedido de soltura na última sexta-feira (16) na 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
José Riva foi preso suspeito de oferecer jantares, bebidas alcoólicas e até contratar massagistas com dinheiro da Assembleia Legislativa. As estimativas são de que pelo menos R$2,6 milhões dos cofres públicos tenham sido desviados para compra desses ‘mimos’.
Segundo o desembargador, os indícios da prisão apontam que Riva chefiava um esquema de gastos de fachada para manuteção do grupo criminoso, que tinha o objetivo de destinar parte das verbas para pagamentos de envolvidos na fraude.
A defesa composta pelos advogados Geroge Andrande alves, Rodrigo Mudrovitsch, Valber Melo, Eduardo Schneider e Felipe Carvalho alegaram constrangimento ilegal de seu cliente e argumentou que a justiça lhes promponham medidas cutelares menos invasivas a liberdade do ex-deputado.
Operação Célula Mãe
O ex-deputado José Geraldo Riva foi preso na última terça-feira (13) acusado de usar dinheiro publico para comprar uísque, pagar formaturas e até contratar massagistas. A prisão foi feita após a deflagração da segunda fase da Operação Metástase (Célula Mãe), do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que investiga desvio de verbas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
A juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane de Arruda decretou também a prisão preventiva de outros servidores da Assembleia Legislativa que eram ligados a presidência na gestão de Riva, são eles: Geraldo Lauro, Maria Helena Ribeiro Caramelo e o ex-auditor geral da ALMT, Manoel Marques.
De acordo com o Gaeco, esta nova fase é resultado de investigações complementares efetivadas acerca de crimes cometidos no gabinete do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, José Geraldo Riva quando da gestão de recursos públicos denominados “verba de suprimentos”.
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