Política

Descontentes lançam manifesto explicando por quê não vão apoiar Taques

Um grupo de 31 pessoas, constituído por políticos, ex-assessores, ex-amigos, ex-aliados e funcionários públicos, divulgou nesta terça-feira (24) um documento intitulado Manifesto Público “Porque (sic) não apoiaremos a reeleição de Pedro Taques (PSDB) em 2018”. Nele, são elencadas diversas razões, que vão do “caos na saúde” à “falta com a verdade” até o “não cumprimento dos compromissos de campanha” para também barrar a permanência do ex-procurador e ex-senador no comando do Estado.

Assinado por antigos entusiastas de primeira hora, como Otaviano Pivetta e Zeca Viana (ambos PDT), Adriana Vandoni e gente que entrou com grana mesmo, como Aldo Locatelli e o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), o tom é pesado do começo ao fim, começa falando em frustração e decepção, acusa o governador de ter causado prejuízo ao comércio.

Tudo piorado por “vaidades, intrigas, brigas, piora nos serviços públicos, falta de planejamento, dezenas de placas lançadas sem um centímetro de obra iniciada, troca constante de secretários, escândalos, desrespeito para com os servidores e agentes públicos, atrasos nos salários e com fornecedores”, segundo o texto.

As críticas vão aumentando conforme as linhas aumentam e o grupo aponta Pedro Taques como o governador com a maior rotatividade de secretários da história de Mato Grosso, fala da indisposição criada com os servidores públicos, o acusa de governar olhando pra trás, pra culpar seus antecessores pelos problemas atuais, lista atrasos de salário e repasse aos poderes.

“Deixou de fazer reformas administrativa e tributária prometidas durante a campanha, provocando o caos na gestão, inibindo novos investimentos no Estado e a geração de empregos”.

O arremate é ainda mais agressivo, pois ataca o principal mote das campanhas de Taques na carreira política: o combate à corrupção, ao acusá-lo de estar envolvido indícios de corrupção, além de ter vários secretários e ex-funcionários de primeiro escalão presos durante o exercício do mandato.

“Com todos esses pontos elencados, baseados em dados comprovados e amplamente divulgados pela mídia local e nacional, esse grupo de lideranças políticas vem através desta carta abrir o debate franco, respeitoso e objetivo para discutir um novo plano de governo que não fique apenas no imaginário do cidadão, mas que seja executado com coragem e comprometimento”, escreve o grupo.

Leia a íntegra da carta (em PDF).

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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