Política

Deputados investigados pela PF são afastados da Comissão de Ética

Quatro deputados investigados na Operação Malebolge foram afastados de funções na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa. Oscar Bezerra (PSB), Silvano Amaral (PMDB), Ondanir Bortolini “Nininho” (PSD), e Romoaldo Júnior (PMDB) tiveram mandados de busca e apreensão emitidos contra eles pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, na quinta-feira (14) e cumpridos pela Polícia Federal em gabinetes e casas.

Gilmar Fabris (PSD), outro alvo da operação, está preso preventivamente por ter saído de casa horas antes da deflagração da ação com documentos. A Justiça entendeu que houve obstrução de investigação do deputado.

A suspensão dos quatro deputados da Comissão de Ética foi anunciada nesta terça (19) pelo presidente Eduardo Botelho (PSB). No entanto, a decisão não se estendeu a todos os citados pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) em delação premiada à Procuradoria Geral da República (PGR). Guilherme Maluf (PSDB) permanece no cargo de titular da comissão.

Oscar Bezerra e Silvano Amaral ocupam funções de membros titulares; Nininho e Romoaldo Júnior são suplentes. Eles serão substituídos por Leonardo Albuquerque (PSD) e Alan Kardec (PT), que assume as vagas dos titulares.

A operação

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram a Operação Malebolge (12ª fase da Ararath) na quinta (14) e cumpriram 64 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal em endereços de deputados, do ministro da Agricultura Blairo Maggi, e de empresários.

Participaram da ação 270 pessoas dentre policiais federais e membros do MPF em: Cuiabá (MT), Rondonópolis (MT), Primavera do Leste (MT), Araputanga (MT), Pontes e Lacerda (MT), Tangará da Serra (MT), Juara (MT), Sorriso (MT), Sinop (MT), Brasília (DF) e São Paulo (SP).

houve buscas ocorreram no prédio da Assembleia Legislativa e na casa do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB). Em Brasília, a PF faz buscas na casa do ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

De acordo com a PGR (Procuradoria Geral da República), a operação tem caráter sigiloso, nenhum detalhamento será apresentado enquanto a operação estiver acontecendo. O STF informou que o caso está nas mãos do ministro Luiz Fux.

Redação

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