A juíza Selma Rosane de Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, retomou na tarde desta sexta-feira (28) os depoimentos sobre o esquema de lavagem de dinheiro que ficou conhecido após a Operação Imperador. As oitivas que investigam o desvio de R$60 milhões e que teria como mentor o ex-deputado, José Geraldo Riva, irão ouvir as testemunhas de defesa.
O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ex-deputado estadual Sérgio Ricardo é uma das testemunhas que depõem a favor de Riva. Além do conselheiro, serão ouvidos também, os deputados Guilherme Maluf (PSDB), Romoaldo Júnior (PMDB) e Mauro Savi (PR).
Os depoimentos dos 4 são considerados fundamentais para esclarecer pontos importantes do caso. Acontece que Romoaldo esteve no comando da Assembleia, enquanto que Maluf é o atual gestor.
Em breve mais informações…
Relembre:
Desvios na AL
O Grupo Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) desvendou o esquema de desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O ex-deputado Jose Riva (PSD), que deteve mandato por 20 anos, chegando a ocupar os cargos de secretário e presidente do parlamento, é apontado como líder da organização que teria desviado mais de R$ 60 milhões dos cofres públicos com falsas aquisições envolvendo cinco empresas do ramo de papelaria, todas de “fachada”.
Para se ter uma ideia, em apenas um ano essas empresas venderam mais de 30 mil toners à Assembleia Legislativa que, na época dos fatos, contava com apenas 150 impressoras.
A prática reiterada e a gravidade dos crimes praticados foram os principais argumentos apresentados pelo Gaeco para garantir a prisão preventiva do ex-parlamentar, cujo mandado foi cumprido neste sábado.
Consta na denúncia, que a organização criminosa fraudou, nos últimos anos, a execução de contratos licitatórios na modalidade carta convite, pregão presencial e concorrência pública, visando a aquisição simulada de material de expediente, de consumo e artigos de informática. Durante as investigações, foi constatado que os materiais adquiridos não foram entregues, embora servidores tenham atestado as notas de recebimento e a Assembleia Legislativa tenha efetuado os pagamentos.