Os 30 vetos colocados pelo governador do Estado, Pedro Taques (PSDB), a projetos elaborados na Assembleia Legislativa (ALMT) foram finalmente votados na quarta-feira (25). Isso porque a Casa de Leis conseguiu ter uma sessão com número de parlamentares suficiente para colocá-los em votação.
Ao todo, 18 deputados estaduais participaram da votação, que, para derrubar um dos vetos, precisaria de, ao menos, 13 votos. Com articulação de Wilson Santos, atual líder do governo na Casa, o quórum foi alcançado. Ele orientou que os parlamentares da base votassem conforme posição do Palácio e, assim, nenhum dos 30 vetos foi derrubado.
Na semana passada, o presidente da casa, deputado Eduardo Botelho (DEM), havia cobrado, em tribuna, que os demais colegas parlamentares comparecessem às sessões para que os vetos pudessem ser apreciados, considerando o tempo de sobrestamento da pauta.
Bate-boca
Durante a votação, o deputado Zé Domingos Fraga (PSD) tentou impedir a votação de alguns vetos, observando que, conforme o Regimento Interno, o autor da matéria vetada deveria estar presente no momento da votação, a fim de garantir o contraditório.
No entanto, Botelho desconsiderou a solicitação do parlamentar, afirmando que já havia consultado a assessoria da AL. O presidente da casa ainda observou que, caso dependa sempre de ter o autor do projeto em sessão, a ALMT não conseguiria votar nada pelo resto do ano, criticando a ausência frequente dos deputados.
Domingos ainda tentou rebater, dizendo que também se consultou com a assessoria, e acusou os servidores de “acender uma vela para cada santo”. A afirmação gerou discussão na casa, quando Wilson Santos pediu que o parlamentar parasse de “agredir os servidores da casa”. Domingos Fraga, porém, disse que não recebe ordens do tucano.
