Não foi nesta terça-feira (5) que as contas do Executivo referente ao exercício de 2016 foram votadas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Mais uma vez, em um movimento que tem sido recorrente na casa, os parlamentares esvaziaram a sessão no momento da votação e, por falta de quórum, ela foi encerrada.
Dezoito dos 24 deputados compareceram na plenária nesta noite. O objetivo foi a votação da soltura do deputado Mauro Savi, preso desde o dia 9 de maio no Centro de Custódia da Capital (CCC). A matéria colocada em votação foi o relatório da Comissão de Ética do Legislativo, que pedia a revogação da prisão preventiva.
Após o principal objetivo da noite, o qual foi atingido ao receber maioria dos votos pela soltura de Savi, diversos deputados deixaram a plenária, em sua maioria os de oposição, num movimento para boicotar a votação das contas do governo.
Diante da falta de quórum, a sessão foi suspensa pelo presidente, deputado Oscar Bezerra, que substituiu Eduardo Botelho após o parlamentar ter se declarado impedido de conduzir a plenária.
As contas do governo chegaram à ALMT há mais de 300 dias e há quase um mês não consegue ser apreciada devido à ausência dos deputados.
Falta de quórum
A falta de quórum em sessões da Assembleia Legislativa é um dos assuntos bastante discutidos e recorrentes entre os parlamentares. Ainda que provoque o travamento de pautas, o presidente da casa garante que é regimental e que nada pode fazer. Botelho também diz que já cansou de convidar os parlamentares para as votações, mas o esforço é em vão.
Há duas semanas, o deputado Oscar Bezerra, que conduzia a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Cartas de Crédito, que apura irregularidades na negociação da extinta Cemat com procuradores do Ministério Público Estadual (MPE), pediu seu desligamento das investigações em razão daquilo que considerou "falta de respeito" dos demais deputados. Na ocasião, seria ouvido o ex-procurador-geral do MPE, o procurador Paulo Prado.
"Infelizmente, o descomprometimento do parlamento estadual para com as suas funções. Básicas! Inclusive a sessão", criticou o deputado.
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