O senador eleito, atual deputado federal, Wellington Fagundes (PR-MT) afirmou que centrará esforços em duas frentes de trabalho neste início de mandato como senador da República: garantir mais verbas para a melhoria da logística no Estado, como fator essencial ao desenvolvimento, e, no campo legislativo, incentivar a discussão das reformas política e tributária. A estratégia de ação foi reafirmada durante ato na Câmara Municipal de Rondonópolis que marcou o lançamento da ponte da W11, sobre o Rio Vermelho, importante para consolidação da chamada Rodovia do Leite.
“Se existe uma coisa que Mato Grosso não pode prescindir é de ter seus representantes em Brasília lutando muito, se esforçando de todas as formas para assegurar verbas e trabalhando junto ao Governo para garantir a melhoria da infraestrutura logística. Nosso desenvolvimento, a geração de riquezas e as oportunidades dependem de estradas e rodovias boas e seguras” – frisou o parlamentar republicano.
Wellington disse que, dentro da ação em favor da logística, os esforços traçados terão duas vertentes. Uma delas será visando a busca da melhoria localizada, como construção de pontes e travessias. Citou como exemplo a própria Rodovia do Leite, a MT-459, considerada “um sonho das comunidades rurais” do Sul do Estado, destinada sobretudo aos que dependem dela para escoamento da produção, principalmente do leite produzido pelos pequenos sitiantes.
Outra vertente da ação será no campo estrutural. Nesse sentido, o parlamentar do PR disse que pretende imediatamente reunir a bancada federal de Mato Grosso e também os deputados federais e senadores de Goiás e Mato Grosso do Sul, além do próprio Distrito Federal, para tratar das rodovias, ferrovias e ainda das hidrovias. “Está mais que provado: somos a região que mais produz no Brasil e podemos contribuir ainda mais se houver investimentos na logística. E por isso precisamos estar unidos. E é isso que vamos buscar. Temos que mostrar a nossa força” – defendeu.
Fagundes destacou que atualmente, o agronegócio brasileiro é o “respiro” para o momento econômico complicado que o Brasil vive atualmente. Ele citou dados da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, que apontam a produtividade por trabalhador do setor do agronegócio cresceu 142% entre 2001 e 2011. No entanto, em infraestrutura, Mato Grosso aparece em 24.º lugar entre as 27 unidades da Federação.
AEROPORTOS
Outra questão logística que tem sido cobrada por Fagundes diz respeito a aviação. Ele já deixou encaminhada na Secretaria Nacional de Aviação Civil a discussão para inclusão de 14 cidades de Mato Grosso no Programa de Investimentos em Logística: Aeroportos. Wellington destacou ao ministro que o Estado tem vários municípios que precisam urgentemente da viabilização de seus aeroportos. Ele citou como exemplo a cidade de Primavera do Leste, que tem o quarto maior orçamento do Estado, cuja população para ter acesso ao transporte aéreo precisa se deslocar para Rondonópolis ou Cuiabá.
“Mato Grosso tem muitas cidades com esse perfil econômico, que perdem investimentos por falta dessa infraestrutura logística” – observou. Além de Primavera do Leste, foram encaminhados projetos para implantação de aeroportos em Alto Araguaia, Colniza, Confresa, Jaciara, Mirassol do Oeste, Nova Mutum, Querência, Santa Terezinha, São José do Xingu, Sorriso, Campo Novo do Parecis, Diamantino e Água Boa.
REFORMAS
Com o novo Governo da presidente Dilma Rousseff, Wellington disse que vai precisar dedicar parte considerável do tempo a também discutir os grandes temas brasileiros. Ele citou como exemplo a reforma política e a reforma tributária. Segundo ele, são debates que precisam ser concretizados imediatamente “sob pena de perdermos o bonde da história” porque ambas são anseios explicitados pelos eleitores. “Temos propostas e vamos levar adiante esses debates” – disse, citando o projeto do PR que reduz a quantidade de impostos cobrados atualmente. (Com assessoria)