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Por Extra
Mais um vídeo que mostra a violência da ação da Polícia Militar durante as manifestações desta sexta está repercutindo nas redes sociais. Desta vez, é possível ver o exato momento em que uma bomba de gás lacrimogênio é jogada em direção a um palco montado na Cinelândia, onde deputado estadual Flávio Serafini, do PSOL-RJ, pedia que agentes não fossem violentos ao dispersar o público que acompanhava o ato.
No sábado (29), uma mensagem foi publicada no perfil oficial do deputado. "Neste momento, o público havia se reagrupado, após ter sido dispersado à força pela polícia que atirou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha indiscriminadamente nos manifestantes desde o início da marcha, em frente na Alerj. (…) Várias vezes ele pediu para que a polícia parasse de jogar as bombas no público, que estava absolutamente pacífico", diz a mensagem.
Pouco antes da confusão, o público cantava o Hino Nacional quando as primeiras bombas começaram a ser lançadas. Aos 4'14'' de vídeo, o canto é interrompido e os manifestantes começam a dispersar. É quando o deputado encerra o ato e passa a pedir calma aos agentes.
O EXTRA entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar antes da publicação desta matéria, mas não obteve resposta. Anteriormente neste sábado, quando procurado sobre outros relatos de violência publicados em redes sociais, o órgão enviou nota oficial em que garante ter agido em "distúrbios", "reagindo à ação de vândalos". Veja texto na íntegra:
Desde o início da manhã desta sexta-feira (28/04), a Polícia Militar está realizando um patrulhamento intensivo por todo o estado do Rio de Janeiro, trabalhando para garantir que as manifestações reivindicatórias fossem realizadas em segurança e não impedissem o ir e vir da população.
No centro do Rio, policiais do 5ºBPM (Harmonia), do Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos (BPGE), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) e o Grupamento Tático de Motociclistas (GTM) do BPChq, estão desde a manhã com as equipes na ALERJ e na Cinelândia.
A Corporação agiu em vários distúrbios, reagindo à ação de vândalos que, infiltrados entre os legítimos manifestantes, promoveram atos de violência e baderna pelo centro da cidade. Até o momento, há notícias de saques e depredação de lojas, estações do Metrô e do VLT, ônibus e carros apedrejados e incendiados. A Polícia Militar continua nas ruas, buscando neutralizar a ação de vândalos que se passam falsamente como manifestantes.