Foi protocolado na manhã desta quinta-feira (24), no Tribunal de Contas do Estado, pelo deputado estadual Faissal Calil (PV), uma representação onde pede, de forma cautelar, a suspensão do certame e, com base nas investigações e apurações das irregularidades apresentadas, o cancelamento do concurso de segurança pública. No documento consta uma série de denúncias de falhas ocorridas, como uso de celular a até mesmo vazamento da prova.
As provas foram aplicadas no último domingo (20), promovido pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e realizada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e visava preencher vagas nos quadros da Polícia Judiciária Civil (PJC), Perícia Oficial e Técnica (Politec), Polícia Militar (PM) e Corpo de Bombeiros.
– Após a aplicação do referido concurso público, vieram à tona inúmeros relatos de irregularidades que fatidicamente maculam o certame. Entre eles, estão o suposto vazamento da prova na internet antes da aplicação, candidatos que efetuaram o pagamento da inscrição, mas foram excluídos da lista de divulgação do local de prova, ausência de coletor de digitais para identificação dos candidatos no dia da realização do concurso, utilização de equipamentos eletrônicos nas salas de aplicação da prova e nos banheiros, vazamento de fotos da prova e dos candidatos em sala e número insuficiente de fiscais – aponta Faissal.
O parlamentar relembrou ainda que a falta de estrutura adequada facilitou a ação de criminosos que agiram para fraudar a prova, como por exemplo no município de Cáceres, onde um grupo foi preso em flagrante. O Caso na UFMT deferiu inscrições de pessoas jurídicas, o que comprova a desorganização do certame.