Em continuidade a Operação Malebolge, na manhã desta sexta-feira (15), a Polícia Federal cumpre mandado de prisão, busca e apreensão contra o deputado Gilmar Fabris (PSD). Ele, que estava em Rondonópolis (212km de Cuiabá/MT) se encontra em um jatinho sob escolta do superintendente regional da Polícia Federal, delegado Anderson Vieira a caminho da Cuiabá.
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do deputado. Já quanto ao mandado de prisão e afastamento do parlamentar, foi em função de Gilmar Fabris ter saído de sua residência na manhã desta quinta-feira para cumprir agenda política em Rondonópolis e levar consigo, uma pasta de documentos, tendo o mandado sido expedido por obstrução de Justiça.
Gilmar Fabris, que confirmou a prisão ao Circuito Mato Grosso, é um dos alvos da investigação homologada pelo ministro Luix Fux.
Logo cedo os agentes estiveram fazendo busca e apreensão no apartamento do parlamentar localizado no bairro Santa Rosa. De lá os agentes levaram alguns documentos da residência e aparelhos eletrônicos.
Segundo a assessoria do agora deputado afastado, ele não se pronunciará sobre procedimentos em fase de investigação. Em nota, Fabris disse que respeita a as investigações e que irá se defender no momento oportuno.
Fabris se tornou alvo da investigação após a delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) que entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) gravações do pagamento de propina em troca de apoio dos deputados que exerciam mandato na Assembleia Legislativa.
Outro lado:
A assessoria de imprensa do deputado Gilmar fabris emitiu uma nota informando sobre o pedido de prisão e comunicando que o deputado nega ter destruído provas ou obstruido o trabalho da justiça, confira na íntegra a nota:
"Com relação ao pedido de prisão autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, o deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) nega que tenha agido para destruir provas ou obstruir a Justiça.
O parlamentar estava desde ontem em Rondonópolis. Ao tomar conhecimento da ordem de prisão pegou a estrada em direção a sede da Polícia Federal em Cuiabá para se apresentar acompanhado dos seus advogados de defesa.
A legislação autoriza a prisão de parlamentares somente em caso de flagrante ou crime inafiançável, o que não se enquadra ao caso e será questionado pela defesa".
Nas imagens, Gilmar aparece reclamando o recebimento de apenas “um pedaço” do mensalinho, uma quantia de R$ 50 mil. Confira abaixo as imagens.
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