O deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) e o ex-deputado Pedro Satélite foram alvos de mandados de busca e apreensão na terceira fase da Operação Rota Final, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) nesta sexta-feira (14). As ordens judiciais foram cumpridas em Sinop e Cuiabá, onde o democrata e o ex-parlamentar residem, respectivamente.
Segundo o Ministério Público, a operação tem o objetivo apurar crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação do setor de Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros de Mato Grosso, promovida pela Secretaria de Infraestrutura do Estado de Mato Grosso e Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager-MT). Um empresário apontado como líder da organização criminosa também foi alvo de um mandado de prisão preventiva.
Está sendo cumprida, ainda, ordem de sequestro judicial de bens dos investigados até o montante de R$ 86 milhões, abrangendo vários imóveis, duas aeronaves, vários veículos de luxo, bloqueio de contas bancárias e outros bens necessários ao ressarcimento do prejuízo acarretado pela prática dos crimes.
Todas as ordens judiciais expedidas pela Justiça Estadual foram solicitadas pelo Núcleo de Ações de Competência Originárias (Naco Criminal). A investigação, iniciada na Polícia Judiciária Civil (PJC), foi encaminhada, com autorização do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), ao Gaeco-MT em 2019, quando foi concluída pelas autoridades policiais do Grupo Especializado, com supervisão do Naco Criminal.
O Inquérito policial possui 47 volumes de elementos de informações. Mais de 20 pessoas são investigadas, dentre eles alguns empresários e dois parlamentares estaduais. A decisão emanada do TJMT proibiu a divulgação de conteúdos da investigação, bem como dos resultados da operação.