Política

Deputado diz que AL desperdiçaria menos dinheiro se fosse independente

O deputado estadual Zeca Viana (PDT) segue indignado com a atuação de seus colegas de parlamento da base governista. Especialmente após nova votação do parecer das contas de 2016 do governo em comissão interna. Além de reforçar denúncias graves referentes a esse parecer, Zeca disse que a atuação da casa leva ao desperdício de dinheiro público.

Para ele, não é só nessa votação que a AL falhou, mas falha cotidianamente com o povo de Mato Grosso ao, na percepção dele, só votar matérias de interesse direto do Executivo, cujo mandatário, independente de quem seja, interfere diretamente em tudo quanto diga respeito a controlar e fiscalizar o que o homem do Palácio Paiaguás faz.

“Discuto muito a respeito disso sim. Acho que tínhamos que ter mais ética e responsabilidade com o Estado, e uma preocupação de não estar jogando sujeira pra debaixo do tapete. Há coisas que deveriam ser barradas desde o governo passado, poderíamos ter evitado muito desperdício de dinheiro público se tivéssemos uma assembleia mais independente”, disse ao Circuito Mato Grosso, por telefone, na tarde desta terça-feira (15).

O presidente do PDT faz mea culpa geral ao concordar com o repórter que esse desequilíbrio de forças parece tão arraigado à história de Mato Grosso desde sempre. Ele percebe isso como um dos impeditivos para evolução democrática do jogo de forças no Estado.

“Concordo que tinha que haver um equilíbrio maior, porque aí as coisas seriam diferentes. O próprio Executivo respeitaria mais a Assembleia e haveria um diálogo muito mais amplo”, comentou. Enquanto isso não acontecer, argumentou, tudo não passa de uma assembleia com meros repassadores de recados ao povo.

“Fica só no ele [o governador] faz alguma coisa lá e manda pra cá, sabendo que vai ser aprovado. Deveríamos discutir poderes independentes, mas infelizmente a base governista não se mostra pronta a ouvir a oposição”, encerrou.

Reclames de Zeca

Para o deputado, o parecer das contas de 2016 do governo do Estado mostraria uma “falta de compromisso da gestão Pedro Taques com o cidadão”. Ele repete as 19 irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado, como alteração do ICMS e atrasos nos repasses aos municípios.

Falou também de um “extrapolar” das contas da máquina pública com gasto com pessoal, “mais de 900 cargos comissionados com salários no valor de secretário”, e da necessidade de  votação após análise mais apurada. A justificativa seriam as 19 irregularidades nas aludidas contas de 2016. Destas, 18  foram apontadas como graves e uma gravíssima (o cancelamento de restos a pagar, processados na ordem de R$ 1.092.456,89 sem comprovação do fato motivador).

Redação

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