O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), em entrevista a Rádio Centro América FM, alegou que a Assembleia Legislativa não foi convidada oficialmente para participar do grupo que estuda o novo Fundo de Transporte e Habitação (Fethab). O Governo do Estado formou um grupo para reformular o fundo que deve ser investido nas áreas de transporte e habitação, mas que acabou sendo desvirtuado para outros setores.
O republicano sugeriu ao governo a participação da Assembleia Legislativa, do setor produtivo e de segmentos da sociedade civil organizada na discussão do novo modelo do Fundo.
“Até agora a Assembleia não foi convocada de modo oficial para participar da discussão. É salutar ampliar o debate no momento de construção da proposta. Legítima, democratiza e facilita o processo legislativo. Como será esse novo modelo eu não sei, mas me parece que será destinado para a saúde; se vai priorizar mais a habitação, enfim, a gente ouve dizer que haverá uma reestruturação, ou seja, estão anunciando o novo Fethab e acho interessante debater mais com a sociedade" disse.
Segundo o parlamentar, é preciso conhecer a ideia central do governo para que os encaminhamentos sejam feitos. “Temos que conhecer esse novo modelo do Fethab para que os municípios mato-grossenses não sentirem prejudicados com as mudanças que virão subseqüentes”.
O governo já manifestou que o objetivo é que o fundo seja usado apenas para a sua função original, ou seja, obras ligadas ao transporte e construção de moradias populares.
A comissão é formada por membros do governo e representantes da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e deveria ter apresentado o resultado da análise e a proposta do novo fundo na semana passada.
Ouvir a população
Na última terça-feira (05), no Distrito de Mimoso (Santo Antônio do Leverger), o governador Pedro Taques (PDT) defendeu a participação da população e sinalizou uma possibilidade de mudança.
“Precisamos entender que Mato Grosso necessita de R$ 12 bilhões para resolver o problema de logística, do modal rodoviário, e só com o dinheiro do Fethab nós não vamos resolver isso. Temos que ouvir as entidades e o cidadão. A base é a possibilidade de criação de fundos regionais, para que o produtor de uma região possa colaborar na sua área, com um percentual menor para outra”, declarou o pedetista.
Com assessoria