O Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá-MT julgará, no próximo dia 18 de dezembro, Carlos José de Oliveira, vulgo Casé, 57 anos, pelo crime de homicídio qualificado de uma criança de 11 anos, em 1994. A vítima foi sequestrada e estuprada antes de ser assassinada, na chácara do réu, na Estrada do Aricá, na Capital.
O caso teve grande repercussão na época e ficou 25 anos sem ser elucidado pela Polícia Civil.
Consta nos autos que nos dias que antecederam o assassinato, o denunciado Casé passou a manter contato com a menina, identificada como Elisângela Rondon Pereira, ao lhe oferecer uma bolsa em um curso de inglês. Empolgada com a oferta, a vítima pediu autorização da mãe, que recusou a proposta.
No dia do crime, uma sexta-feira, como de costume, a vítima foi para a escola de datilográfia “Olivetti”, que ficava na região central de Cuiabá. Ao sair da aula, ficou na Praça Santos Dumont, na Avenida Getúlio Vargas, esperando o irmão mais velho, Manoel, a quem convidou para ir até a escola de inglês para conversar novamente com o denunciado.
Estudiosa, acreditava que, se um dos irmãos pudesse fazer o curso com ela, a mãe aceitaria a oferta da bolsa feita por Carlos José.
Manoel se atrasou 30 minutos e, quando chegou ao local, não mais encontrou a irmã, cujo corpo só foi localizado três dias depois, nua, com um galho introduzido na vagina e o punho cortado.
Meninos de rua relataram que viram a vítima entrando no carro de Casé, que tinha 32 anos de idade, na época.
A defesa de Carlos José é patrocinada pelo advogado Ricardo Spinelli.