A notícia-crime interceptou comunicações da troca de imagens e vídeos de crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito em IPs (identificação de computador) no Estado de Mato Grosso. Com bases nessas informações foi instaurado inquérito policial por parte da PF.
Na manhã de hoje, cerca de 30 agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão em Mato Grosso. As apreensões ocorreram na Capital e nos municípios de Várzea Grande, Rondonópolis e Tangará da Serra.
Em entrevista coletiva concedida à imprensa, o titular da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado, delegado Denis Cali alegou que, entre os materiais apreendidos estão computadores e mídias (pen drives e CDs).
“Esta é uma operação da Delegacia de Defesa Institucional de Combate a Pornografia Infantil pela internet e a partir de agora as investigações que tiveram início há sete meses continuam com a análise dos materiais apreendidos”, explicou Cali.
Ainda segundo ele, os envolvidos neste esquema tinham o hábito de fazer downloads, armazenar e trocar imagens de sexo envolvendo menores de idade. O delegado alegou também, que as apreensões foram realizadas em residências e lan houses.
Prisões
Segundo Cali, não está descartada a hipótese de que sejam expedidos mandados de prisão. “As pessoas não foram presas porque ainda existe um trabalho de investigação. A materialidade do crime, que são as imagens e vídeos, nós temos. O que a gente busca agora é identificar a autoria dos crimes”, disse o delegado ao revelar que seis pessoas estão sendo investigadas até o momento.
O delegado salientou que este tipo de crime é de difícil investigação, já que é todo feito no ambiente virtual. “Muitas vezes a pessoa se utiliza de redes sem fio para dificultar e mascarar o IP da máquina para não ser descoberto”. Ainda assim, Cali pontuou que a polícia tem como rastrear o IP e é o que está sendo feito agora.
A pena que para quem adquire, possui ou armazena, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, pode chegar a seis anos de reclusão e multa.