O DEM tem uma ampla lista partidária para fechar negociação de candidatura ao Senado. Os nomes vão do vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) à empresária Margareth Buzetti (PP), a mais nova pretendente ao cargo. A intenção é acomodar os nomes fortes nas suplências de uma candidatura democrata.
Conforme o Júlio Campos, hoje o democrata mais cotado para concorrer na eleição suplementar, diz que conversas estão sendo realizadas com a maioria dos políticos que manifestaram a intenção de entrar na disputa.
A articulação passa principalmente pela densidade da Baixada Cuiabana. Os municípios somam cerca de 800 mil votos dois milhões de eleitores de Mato Grosso. A região aglomera 14 municípios, com os dois maiores colégios eleitorais inclusos.
“Nós queremos que a Baixada Cuiabana seja representada e as suplências sejam ocupadas por nomes do interior do Estado, do Norte, do Sul. Estamos conversando com todo mundo para fechar um acordo para que possa lançar candidatura democrata, seja eu, ou [deputado estadual Dilmar] Dal Bosco ou outra pessoa do DEM”.
O grupo no qual Júlio Campos se apoia tem conseguido reunir partidos de linhas diferentes e que se confrontaram na eleição principal de 2018 – MDB, PSDB, PP.
“O [Nilson] Leitão (PSDB) vai vir pro grupo? O Neri [Geller, PP] também vêm? Ainda não sabemos, mas isso tudo está sendo conversado para chegarmos a um acordo. Só ainda não conversamos internamente [no DEM]”, disse o ex-governador aos nomes que estão próximos ao grupo liderado pelos democratas.
Ele afirmou ainda que mesmo a empresária Margareth Buzetti, cuja foto tirada com o governador Mauro Mendes, de viagem a Santa Catarina, repercutiu negativamente com os militantes do DEM no fim de semana, poderá ser chamada para negociar aliança.
“Vamos decidir as suplências depois que conversamos com o governador Mauro Mendes. Mas, esses são todos nomes que podemos chegar a um acordo para unir Mato Grosso nessa candidatura”.
Júlio Campos é o nome visto como mais indicado para encabeçar a disputa pela atividade interna no DEM de conversar com os diretórios municipais para sintonizar as coligações para as prefeituras na eleição de outubro. O itinerário vem sendo realizado desde o fim do ano passado.