Ouço em tudo teu nome, em tudo o leio:
E, fatigado de calar teu nome,
Quase o revelo no final de um verso.
(Deixa que o olhar… Olavo Bilac)
Ouço teu nome no rumor dos ventos,
no rumorejo calmo das cascatas,
no farfalhar das folhas, dentro as matas,
nos mangueirais, sombrios, sonolentos.
E quando escuto os sons das cataratas,
ouço o teu nome. E em todos os momentos,
renasces, dentro em mim, nos sentimentos,
mantendo esta paixão de longas datas.
Ouço teu nome em tudo! E em tudo sinto
tua presença ausente… E uma tristeza
filha do amor, que chamam de saudade.
Perdida no meu próprio labirinto,
pisando as farpas finas da incerteza,
já não distingo sonho e realidade.
Edir Pina de Barros é membro da Academia Brasileira de Sonetistas e da Academia Virtual de Poetas de Língua Portuguesa. Seus poemas estão disponíveis em vários livros, antologias, revistas eletrônicas e nas mídias sociais. É doutora e pós-doutora em Antropologia pela USP, professora aposentada (UFMT). Nasceu no Mato Grosso do Sul e hoje reside em Brasília.
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