O Sindicato dos Delegados de Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (Sindepo) emitiu nota nesta segunda-feira (25) para esclarecer que os delegados que acompanharam o secretário afastado de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, até a sede do Tribunal de Justiça na última quarta-feira (20) não tiveram a intensão de afrontar o Poder Judiciário. A nota foi encaminhada ao presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), desembargador Rui Ramos Ribeiro.
Naquela oportunidade, o desembargador Orlando Perri determinou o afastamento de Rogers Jarbas do cargo e também o uso de tornozeleira eletrônica.
Rogers, que é delegado de polícia, está sendo investigado pela suposta prática dos crimes de autoridade, usurpação de função pública, prevaricação, embaraço de investigação e também formação de organização criminosa e denunciação caluniosa.
Segundo o sindicato, os delegados estavam participando de um curso de capacitação nas dependências da Secretaria de Estado de Segurança (Sesp) quando policiais chegaram para cumprir mandados de busca e apreensão e também notificar o secretário sobre as determinações do desembargador Orlando Perri.
“Eles apenas demonstraram solidariedade ao colega, delegado de polícia e secretário de Segurança Pública, acompanhando-o para imediato cumprimento da ordem judicial, sem qualquer intensão de afrontar o Poder Judiciário, muito menos intimidar a decisão do desembargador, competente para o caso”, diz trecho da nota assinada pelo presidente do Sindepo/MT, Wagner Bassi Júnior.
Eleito no último dia 21 de setembro, um dia após a decisão de Orlando Perri, Wagner Bassi afirma, ainda, que os delegados de polícia apoiam, de maneira incondicional, as investigações sobre qualquer fato ilícito que afronte o estado democrático de direito e dignidade da pessoa humana dos envolvidos.
“Os delegados de polícia têm absoluto respeito pelas instituições democráticas, notadamente o Poder Judiciário, sendo certo que, para todo delegado de polícia, todas as decisões judiciais devem ser cumpridas imediata e incondicionalmente”, conclui a nota.
Facsímile da nota:
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