Em entrevista ao SBT Comunidade, o delegado do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Flávio Stringuetta, considera o possível envolvimento de policiais militares na explosão do caixa-eletrônico do Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso. A tentativa do furto aconteceu na madrugada desta segunda-feira (5), dentro da sede da Polícia Militar.
Stringuetta descreve que na maioria dos casos, os criminosos costumam render as pessoas que podem dar a primeira reação, neste caso seriam os vigias e policiais militares.
“Isso chama a atenção da GCCO porque não houve rendição. Eles agiram mesmo com os policiais estando próximo e sabendo que com o barulho da explosão haveria reação desses vigias, caso eles não tenham participação no fato, o que está sendo apurado”, ressaltou o delegado.
Pela ação dos criminosos, ao qual o delegado relata a possibilidade de ser uma quadrilha externa, classifica a atuação como uma afronta, mas não descarta a atuação de policiais no crime.
“Uma audácia sem tamanho agir dentro do Comando Geral. Isso está sendo investigado, em princípio como um ato praticado por uma quadrilha externa que agiu contra uma instituição. No entanto não se descarta nenhuma hipótese, inclusive, de participação de policiais que facilitaria a ação desse bando”, revelou.
Outro ponto comentado pelo delegado é quanto à experiência, no caso a inexperiência dos criminosos. “Essa quadrilha me parece não ter muita experiência no fato, já que utilizaram uma quantidade muito grande de explosivos que seria desnecessário pro desfecho da ação criminosa, acabaram não conseguindo êxito”, detalhou.
Stringuetta acrescentou ainda a estatística de 80% de fatos que envolvem assaltou a caixa eletrônico neste anos que resultaram na não consumação do delito.
Com tudo, foi aberto Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar as circunstâncias do fato e os procedimentos de segurança predial estão sendo revistos, em razão da falha na segurança orgânica.
A perícia técnica foi acionada para levantar informações detalhadas da ação. Além disso, unidades especializadas e de inteligência estão em diligências na tentativa de localizar qualquer suspeito de envolvimento no ato.