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Delatores da JBS pedem mais 60 para entregar provas ao Supremo

A defesa dos executivos da JBS que assinaram acordo de delação premiada pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o prazo adicional de 60 dias para entregar informações complementares ao acordo como provas das acusações.

O pedido deverá ser analisado pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator das delações da JBS no Supremo.

Entre os delatores da empresa estão os irmãos Joesley e Wesley Batista.

O prazo inicial dado pelo STF para as informações serem entregues termina nesta quinta (31), mas a defesa dos delatores quer estender a data-limite até o fim de outubro.

O argumento é que a JBS fechou um acordo de leniência com o Ministério Público Federal e foi dado à empresa o prazo de seis para a apresentação de documentos.

Segundo a defesa, o prazo maior também para os delatores permitirá a apresentação de "esclarecimentos mais robustos e efetivos".

Delação da JBS

As delações dos executivos da JBS causou a maior crise política do governo do presidente Michel Temer, a ponto de o peemedebista convocar a imprensa para frequentes pronunciamentos no Palácio do Planalto.

Com base nos depoimentos, Temer foi denunciado ao Supremo pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelo crime de corrupção passiva. Mas o STF só poderia analisar a acusação se a Câmara autorizasse. A maioria dos deputados rejeitou o prosseguimento do processo.

OS ÍNDICIOS CONTRA TEMER

A expectativa no mundo político é que Janot oferecerá uma nova denúncia contra Temer, por outros crimes.

Ponto a ponto: saiba o que os delatores disseram sobre temer

Também com base nas delações, o ministro do STF Luiz Edson Fachin afastou o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato parlamentar. Mas outro ministro da Corte, Marco Aurélio Mello, derrubou o afastamento e negou o pedido de prisão de Aécio.

A irmã de Aécio e um primo dele foram presos pela Polícia Federal.

Ponto a ponto: saiba o que os delatores disseram sobre Aécio

Segundo a PGR, Temer e Aécio agiram em conjunto para impedir o avanço das investigações da Operação Lava Jato.

O Ministério Público também afirma que o presidente deu "anuência" ao pagamento de propina, pela JBS, ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba (PR), para que ele não feche acordo de delação premiada.

Desde que as delações da JBS se tornaram públicas, Temer e Aécio negaram todas as acusações apresentadas pelos executivos da empresa.
 

Redação

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