Arquivo CMT
O delator do esquema na Setas (Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social), o empresário Paulo Lemes, disse que R$ 418 mil desviados da secretaria teriam ido para a campanha do ex-vereador Lúdio Cabral (PT) a prefeitura de Cuiabá em 2012. A informação foi dada em depoimento ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) no último dia 29 de junho.
As investigações realizadas pelo Gaeco revelam também que 40% do valor desviado nas fraudes cometidas no âmbito da Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas) ficavam com a acusada de liderar a organização, secretária e ex-primeira dama do Estado de Mato Grosso, Roseli Barbosa. Outros 36% eram devolvidos aos empresários envolvidos no esquema e 24% eram entregues a Nilson da Costa Faria e Rodrigo de Marchi.
O próximo passo, conforme a assessoria de imprensa do Ministério Público, será o recebimento dos valores e a devolução de propinas entre os envolvidos. Parte do dinheiro foi destinado para o pagamento de dívidas de campanhas eleitorais. Em um dos casos apontados na ação, o chefe de gabinete do então governador Silval Barbosa, que é esposo da denunciada, quitou uma dívida de R$ 418 mil com o empresário colaborador mediante retenção de propina.
Além da ex-secretária de Estado, também foram presos na segunda fase da Operação Arqueiro, Rodrigo de Marchi, servidor da Setas; Nilson da Costa e Farias, intermediário entre os servidores e o empresário colaborador; e Sílvio Cesar Correa Araújo, chefe de Gabinete do ex-governador Silval Barbosa. Os quatro foram encaminhados ao sistema prisional da Capital.
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