Do Isso É Notícia
Uma fraude em um contrato da Assembleia Legislativa de Mato Grosso com o antigo Banco Bamerindus, hoje HSBC, no valor de aproximadamente R$ 10 milhões resultou na prisão do ex-deputado estadual José Riva (PSD). De acordo com documentos obtidos com exclusividade pelo Isso É Notícia, trata-se de uma dívida antiga, que estava judicializada pelo HSBC contra a Assembleia, há vários anos. O banco já havia ganho nas instâncias primárias e superiores.
O processo de execução da dívida, em torno de R$ 11 milhões, se referia a serviços previdenciários e de assistência à saúde corporativa dos funcionários do órgão.
Mesmo ganhando em todas as instâncias, no ano passado, a Assembleia teria firmado um acordo extrajudicial com o banco, por meio do advogado Joaquim Miele, que estava constituído nos autos, mas não era mais contratado do HSBC. Até agora, o Gaeco admitiu apenas a delação premiada por parte de Miele.
À revelia da direção do banco, Miele firmou o acordo extrajudicial. O contrato de acordo, todavia, foi assinado pelos deputados Romoaldo Júnior e Mauro Savi, à época, presidente e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Romoaldo assumiu a função de Riva, após ele ser afastado da presidência. Mas, nos bastidores, ele era uma espécie de “rainha da Inglaterra”. Quem continuava dando as cartas na Presidência era Riva.
Informações extraoficiais dão conta que ambos teriam mostrado documentos ao MPE para onde o dinheiro teria ido: supostamente em benefício de José Riva, preso hoje pelo Gaeco. Nos bastidores, também comenta-se que Riva não conversa mais com os dois deputados.
A dívida que era de R$ 11 milhões, acabou sendo paga administrativamente pela Assembleia ao advogado Joaquim Miele. O problema é que o acordo extrajudicial chegou ao conhecimento da diretoria do Banco HSBC, que imediatamente denunciou o caso ao Ministério Público Estadual (MPE). Foi a partir daí que o caso começou a ser investigado.
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