Esta semana estive assistindo um vídeo de poesia no facebook, que falava sobre desapegar-se, abrir mão, entregar. Uma poesia falada, linda, linda, dizia o seguinte: “Vai… Deixa a distância nos aproximar da saudade. Porque às vezes é melhor assim, um sentimento de longe do que viver um abismo lado a lado. Vai… Que eu prefiro ser a dor do corte que ser um amor cicatrizado. Vai… Quem procura a liberdade não se perde, não se atrasa, faz do mundo a sua casa. E já encontrou, sem procurar. Vai… E se lá na frente, em outra estação nosso caminho se encontrar, foi porque a gente escolheu se perder na mesma direção. Vai…” (Allan Dias Castro).
A cada ‘vai’ que ele dizia no vídeo meu coração acelerava. Quem ou o que te prende? Pessoas, eventos, lugares. A vida precisa de movimento, e quando estagnamos em algo ou alguém, é como se a cada situação mal resolvida fosse colocada uma bola de ferro na nossa canela, vai pesando, vamos nos arrastando, cansando. Principalmente nos relacionamentos, são tantos abismos convivendo lado a lado. Entre pais, irmãos, colegas, amigos, amores. Às vezes por tão pouco ou às vezes nem tanto, mas o importante é o abismo. Ele engole saudades, noites mal dormidas, gastrites, ligações não completadas.
Reflita: quem ou o que está te prendendo? Não racionalize muito, faça uma lista. Tudo o que surgir na sua mente escreva, tudo mesmo. Uma sugestão é olhar para cada item e repetir as palavras do Ho’oponopono, um método havaiano de autocura, que repete as seguintes palavras: “Sinto muito. Me perdoe. Sou grata. Eu te amo”. Aprendi recentemente de um terapeuta canadense que trabalha com esse método que podemos falar na ordem que fizer sentido para nós. Então olhe para a sua lista e repita para cada um dos itens ou pessoas. Permita-se caminhar mais leve, a vida é muito curta para ser tão pesada.
Namastê.